Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 2 de dezembro de 2007
O Homem ama realmente...
Perder sem se perder

“Foram-se os amores que tive
ou me tiveram:
partiram
num cortejo silencioso e iluminado.
O tempo me ensinou
a não acreditar demais na morte
nem desistir da vida: cultivo
alegrias num jardim
onde estamos eu, os sonhos idos,
os velhos amores e seus segredos.
E a esperança - que rebrilha
como pedrinhas de cor entre as raízes.”
(Lya Luft)
Esqueça-me...

Não se deixe derrotar em situação alguma,
a derrota depende de nós tanto quanto a vitória
entretanto a pior derrota é a de quem desanima.
Perder nem sempre é ser derrotado.
Mas o desânimo estraga totalmente a vida.
Não desanime jamais siga à frente corajosamente,
porque a vitória sorri somente àqueles
que não param no meio da estrada.
O que nos impede na maioria das vezes
de ter o que queremos, de ser o que
sonhamos, de fazer o que pensamos e
aceitar com o coração, é a ousadia que
não cultivamos.
(Clarice Lispector)
Vem....
Anjo Luz...

Por que brincas, anjo,
de fantasiar-se de negro?
Não vês que ninguem,
além de ti, te enxerga assim?
Como podes querer viver em trevas
se tu só és Luz?
Por que te pintas de escuridão
se posso ver tuas asas brancas
a confundir-me com nuvens no céu?
Que anjo lindo tu és...
Teu brilho seduz!
Que Alma clara tu tens...
Tão clara como os raios do sol!
Venha...
Proteja-me, anjo...
Resgata-me dessa prisão!
Acolha-me sobre tuas asas
e me ame na claridade do dia...
Faça brilhar esse amor
que só a ti entreguei!
Venha...
Meu anjo lindo...
E traga contigo sua LUZ.
(Ginna Gaiotti)
A flor-de-lótus

A flor-de-lótus (Nelumbo nucifera), também conhecida como lótus-egípcio, lótus-sagrado e lótus-da-índia, é uma planta da família das ninfáceas (mesma família da vitória-régia) nativa do sudeste da Ásia (Japão, Filipinas e Índia, principalmente).
Olhada com respeito e veneração pelos povos orientais, ela é freqüentemente associada a Buda, por representar a pureza emergindo imaculada de águas lodosas. No Japão, por exemplo, esta flor é tão admirada que, quando chega a primavera, o povo costuma ir aos lagos para ver o botão se transformando em flor.
Lótus é o símbolo da expansão espiritual, do sagrado, do puro.
A lenda budista nos relata que quando Siddhartha, que mais tarde se tornaria o Buda, tocou o solo e fez seus primeiros sete passos, sete flores de lótus cresceram. Assim, cada passo do Bodhisattva é um ato de expansão espiritual. Os Budas em meditação são representados sentados sobre flores de lótus, e a expansão da visão espiritual na meditação (dhyana) está simbolizada pelas flores de lótus completamente abertas, cujos centros e pétalas suportam imagens, atributos ou mantras de vários Budas e Boddhisattvas, de acordo com sua posição relativa e relação mútua.
Do mesmo modo, os centros da consciência no corpo humano (chacras) estão representados como flores de lótus, cujas cores correspondem ao seu caráter individual, enquanto o número de suas pétalas corresponde às suas funções.
O significado original deste simbolismo pode ser visto pela semelhança seguinte: Tal como a flor do lótus cresce da escuridão do lodo para a superfície da água, abrindo sua flores somente após ter-se erguido além da superfície, ficando imaculada de ambos, terra e água, que a nutriram - do mesmo modo a mente, nascida no corpo humano, expande suas verdadeiras qualidades (pétalas) após ter-se erguido dos fluidos turvos da paixão e da ignorância, e transforma o poder tenebroso da profundidade no puro néctar radiante da consciência Iluminada (bidhicitta), a incomparável jóia (mani) na flor de lótus (padma). Assim, o arahant (santo) cresce além deste mundo e o ultrapassa. Apesar de suas raízes estarem na profundidade sombria deste mundo, sua cabeça está erguida na totalidade da luz. Ele é a síntese viva do mais profundo e do mais elevado, da escuridão e da luz, do material e do imaterial, das limitações da individualidade e da universalidade ilimitada, do formado e do sem forma, do Samsara e do Nirvana.
Se o impulso para a luz não estivesse adormecido na semente profundamente escondida na escuridão da terra, o lótus não poderia se voltar em direção à luz. Se o impulso para uma maior consciência e conhecimento não estivesse adormecido mesmo no estado da mais profunda ignorância, nem mesmo num estado de completa inconsciência um Iluminado nunca poderia se erguer da escuridão do Samsara.
A semente da Iluminação está sempre presente no mundo, e do mesmo modo como os Budas surgiram nos ciclos passados do mundo, também os Iluminados surgem no presente ciclo e poderão surgir em futuros ciclos, enquanto houver condições adequadas para vida orgânica e consciente.


Paz é energia.
Uma força pura
que penetra a casca do caos
e coloca coisas e pessoas
em uma ordem equilibrada.
Exercer o poder da paz
abarca o princípio fundamental da
espiritualidade:
olhar para dentro
a fim de olhar para fora com coragem,
propósito e significado.
E de quem é essa responsabilidade?
Pode aquele que permanece sem paz
ser um instrumento para a paz?
A autenticidade da ação
depende da autenticidade da pessoa.
(Brahma Kumaris)
Oração para a Lua

Oh! Lua! Tocai minha face
Não permitas que eu vague pelas trevas
Mãe, proteja-me dos ventos ignorantes
Poupe-me da chacota e dos grilhões
Envolva-me em seu pálido manto
Não deixe que os tentáculos da inveja me segure
Expulsa os lamentos aterrorizantes
Guia-me pelo caminho iluminado
Guarde meu espírito das agonias vindouras
Proteja-me da foice inquisitiva
Abriga-me sob seus raios fulgurantes
Esconjura a raiz da perfídia
Acolha meu coração turbulento
Oh! Lua! Dai-me sua bênção infinita
Recolha-me para a eternidade de sua glória.
Buquê de Felicidade

Preparei pra você
um buquê de emoções
no lugar das rosas vermelhas
um punhado de conquistas
perfumadas pela esperança.
No lugar dos caules,
um poção de amor
te encantando o coração,
as folhas serão a paz
enfeitando sua vida
de tranquilidade
e a felicidade será
o laço a envolver
você num lindo
e perfumado buquê
de sonhos realizados.
(Sirlei L. Passolongo)

Uma brisa de verão talvez seja refrescante, mas se tentarmos enlatar a brisa para tê-la ao nosso dispor, a brisa morrerá. Com as pessoas que amamos acontece a mesma coisa. A pessoa amada é como uma nuvem, uma brisa ou uma flor. Se você aprisioná-la em uma lata ela morrerá. Entretanto, muitas pessoas fazem exatamente isso. Tiram a liberdade de seus seres amados até o ponto onde a outra pessoa não consegue mais ser ela mesma. Vivem para satisfazer seus próprios desejos, usando o ser amado para ajudá-los a fazer isso. Isso não é amar, é destruir. Você diz que ama a pessoa, mas se não tentar entender seus anseios, necessidades e dificuldades, a pessoa viverá em uma prisão chamada de Amor. O verdadeiro Amor preserva a liberdade das duas pessoas, e isso é a capacidade para deixar as coisas acontecerem, a serenidade, o equilíbrio."
(Mestre Thich Nhat Hanh)
Só ele...
Cântico das Criaturas

Altíssimo, onipotente e bom Senhor! Teus são os louvores, a glória, a honra e todas as bênçãos. A Ti, Altíssimo, pertencem e ninguém é digno de Te mencionar. Louvado sejas Senhor, com todas as Tuas criaturas, especialmente o Senhor irmão Sol, que faz o dia e nos ilumina para Ti, com sua beleza radiante e tanto esplendor! Significa, Altíssimo, o próprio Senhor! Louvado sejas Senhor, pela irmã lua e as estrelas que dão ao céu claridade preciosa e bela. Louvado sejas Senhor, pelo irmão vento, pelo ar e nuvens, pelo orvalho e tudo mais que às Tuas criaturas dá sustento. Louvado sejas Senhor, pela irmã água, tão humilde e útil, preciosa e casta. Louvado sejas Senhor, pelo irmão Fogo com que iluminas a nossa noite, de luz fulgurante, forte e bela. Louvado sejas Senhor, por nossa irmã - Mãe Terra - que nos sustenta e governa, dando-nos os frutos, as flores e a verde relva. Louvado sejas Senhor,
Viajante...

Viajante sou
Estou sempre de passagem...
Viajo com o vento
Por entre as estrelas,
Penduradas nas árvores,
Que fazem parte do seu jardim.
Viajante-sonho...
Busco seu sorriso-maresia,
Seu olhar-primavera.
Não se demore!
O tempo recusa-se a me
Deixar ficar nessa espera sem fim.
Viajante trago
Noites enluaradas, iluminadas.
Fantasias e quimeras,
Que rodeiam suas noites solitárias.
Pecado delicioso, atrevido:
Desejo de ficar para sempre em mim.
Viajante busco
Suas mãos tatuando o meu ser.
Sua alma: vida em minha vida
Seu amor: minha direção.
Viajante que sou:
Fico! Mas somente se for assim...
(Auber Junior)

Saudade dentro do peito
É qual fogo de monturo
Por fora tudo perfeito,
Por dentro fazendo furo.
Há dor que mata a pessoa
Sem dó e sem piedade,
Porém não há dor que doa
Como a dor de uma saudade.
Saudade é um aperreio
Pra quem na vida gozou,
É um grande saco cheio
Daquilo que já passou.
Saudade é canto magoado
No coração de quem sente
É como a voz do passado
Ecoando no presente.
A saudade é jardineira
Que planta em peito qualquer
Quando ela planta cegueira
No coração da mulher,
Fica tal qual a frieira
Quanto mais coça mais quer
(Patativa do Assaré)

É tão gentil e tão honesto o ar
Da minha Dama, sempre que aparece
E a outrem saúda, que ante ela emudece
Toda língua, e ninguém ousa falar.
Ela se vai sentindo-se louvar,
Vestida de humildade, e até parece
Coisa que lá do Céu à terra desce
A fim de a todos nos maravilhar.
Mostra-se tão graciosa a quem a mira,
Que nos filtra através do olhar no seio,
Um dulçor que só entende quem o prova.
Parece que do seu lábio se mova
Um suspiro suave, de amor cheio,
Que vai dizendo a toda alma: suspira
(Dante Alighieri)

Estava enrolada
em teias e traças,
debaixo da escada,
lá no subsolo
da casa fechada.
Começava a tomar ares de desgraça.
Manchada do tempo,
fenecia
a esperar que um dia
alguma coisa acontecesse.
Antes que se perdesse completamente,
sentiu passar um vento cor-de-rosa.
Toda prosa, espanou a bruma,
pintou os lábios
e sem vergonha nenhuma
caprichou no recorte do decote.
A felicidade volta à praça
cheia de dengo e de graça,
com perfume novo no cangote.
Estava enrolada
em teias e traças,
debaixo da escada,
lá no subsolo
da casa fechada.
Começava a tomar ares de desgraça.
Manchada do tempo,
fenecia
a esperar que um dia
alguma coisa acontecesse.
Antes que se perdesse completamente,
sentiu passar um vento cor-de-rosa.
Toda prosa, espanou a bruma,
pintou os lábios
e sem vergonha nenhuma
caprichou no recorte do decote.
A felicidade volta à praça
cheia de dengo e de graça,
com perfume novo no cangote
(Flora Figueiredo)

"Os homens precisam da ilusão do amor da mesma forma que precisam da ilusão de Deus.
Da ilusão do amor para não afundarem no poço horrível da solidão absoluta;
da ilusão de Deus, para não se perderem no caos da desordem sem nexo."
(Trecho do conto "Os Dragões não Conhecem o Paraíso", de Caio Fernando Abreu)

Ninguém precisa
ter talento
pra transformar
caso em descaso
já o contrário
é que é o caso
se você não tem
lamento
é preciso ser forte
é preciso ser fraco
é preciso ganhar e perder
o juízo
sai dessa pose
pára de pensar
no prejuízo
e segue em frente
tem hora pra se chegar
tem hora pra se afastar
não sabe como?
É SÓ COMEÇAR!
(Alzira Espíndola e Alice Ruiz)
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