
Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
quarta-feira, 23 de abril de 2008
Quando eu crescer

Quando eu crescer quero ser flor
Para estar sob o céu
Tocar as borboletas sem que fujam de mim
Ser de qualquer cor
Quando eu crescer quero voar
Ser então passarinho
Cantar alto, andar em bandos
Fazer meu próprio ninho
Quando eu crescer quero ser árvore
Grande, majestosa, amiga.
Abrigar e ser pouso
Ser alimento, alento na fadiga.
Quando eu crescer quero ser poeta
Guardar poesias para ninguém ler
Falar de amor, paixão e dor.
E se poeta for, nada mais quero ser.
(Tereza Amaral)

"...Tudo isso dói.
Mas eu sei que passa, que se está sendo assim é porque dever ser assim, e virá outro ciclo, depois.
Para me dar força, escrevi no espelho do meu quarto: "Tá certo que o sonho acabou, mas também não precisa virar pesadelo, não é?"
È o que estou tentando vivenciar.
Certo, muitas ilusões dançaram - mas eu me recuso a descrer absolutamente de tudo, eu faço força para manter algumas esperanças acesas, como velas. Também não quero dramatizar e fazer dos problemas reais monstros insolúveis, becos-sem-saída.
Nada é muito terrível. Só viver, não é?
A barra mesmo é ter que estar vivo e ter que desdobrar, batalhar um jeito qualquer de ficar numa boa. O meu tem sido olhar pra dentro, devagar, ter muito cuidado com cada palavra, com cada movimento, com cada coisa que me ligue ao de fora. Até que os dois ritmos naturalmente se encaixem outra vez e passem a fluir.
Porque não estou fluindo."
(Caio Fernando Abreu)
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