
Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
segunda-feira, 10 de março de 2008

As vezes um simples abraço diz muito
Conheço pessoas que nunca disseram eu te amo e confessaram não conseguir dizer
Não tenha vergonha de expressar seus sentimentos
O sentimento é um dom magico divino
As vezes uma pessoa somente precise de um abraço
Talvez não para você, mas para outra pessoa que esteja recebendo o abraço
Ela sinta um aconchego e sinta-se querida.
São simples palavras mas que fazem efeito.
(G롧hå Myïµ)


Lembrei do moço que me ensinou beijos,
e, batendo a massa,
preparando o recheio,
untando a fôrma,
lambendo o dedo sujo de calda,
notei que rocamboles e amores são a mesma coisa.
Ambos necessitam de doses iguais de atenção e doçura.
Além de uma certa parcimônia de fogo alto.
Quando dá certo, a massa é fofa e fina,
o recheio úmido, mas não molhado.
Como pétalas de rosas ao acordar.
(Cristiane Lisbôa)

Quando eu era pequenina e espiava o mundo pelas grades do portão,
via sempre um véinho passando, gritando: Ói algodão!
Um dia, resolvi sair e pegar a fila das crianças.
Fiquei esperando o véinho transformar açúcar em nuvens,
açúcar em mágica, em pedaços de carinho.
Quando ficou pronto, mal podia acreditar!
Peguei o algodão nos dedos e perna-pra-te-catar!
Lá de longe, o véinho gritou:
Ô Ritinha, mas e o dinheeeeeeiro, Ritinha?
Eu virei e respondi:
Não, vô! Num picisa de dinheiro, não!
Só o algodão-doce já tá ótimo!
Só o algodão-doce tá bão!
O véinho deu risada e logo respondeu:
É mesmo, né Ritinha?
Só o algodão-doce já tá ótimo!
Só o algodão-doce tá bão! :)
(Rita Apoena)
Danças com a minha alma?

Esta noite morri muitas vezes, à espera
de um sonho que viesse de repente
e às escuras dançasse com a minha alma
enquanto fosses tu a conduzir
o seu ritmo assombrado nas terras do corpo,
toda a espiral das horas que se erguessem
no poço dos sentidos. Quem és tu,
promessa imaginária que me ensina
a decifrar as intenções do vento,
a música da chuva nas janelas
sob o frio de fevereiro? O amor
ofereceu-me o teu rosto absoluto,
projectou os teus olhos no meu céu
e segreda-me agora uma palavra:
o teu nome - essa última fala da última
estrela quase a morrer
pouco a pouco embebida no meu próprio sangue
e o meu sangue à procura do teu coração.
(Fernando Pinto do Amaral)
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