Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sábado, 29 de março de 2008
"A poesia é um elo de tão plena força a unir os poetas, que têm no Universo um forte aliado a fornecer-lhes todos os elementos necessários para que componham os seus versos e encantem os seus leitores, a ponto de reforçar-lhes sempre mais a fé e fazê-los crer que os poetas conseguirão mudar o mundo" (Mírian Warttusch)
"Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre." (Albert Einstein)
Quando não tiveres Flores Manda-me um beijo... Receberei este, Com carinho e Desejo...
De uma flor. (Catarino Salvador)
Pra ver um mundo inteiro em um grão de areia E o Paraíso numa flor-do-mato, Detém todo o Infinito na mão-cheia E a Eternidade numa hora de fato. (Willian Blake)
O teu perfume, amada — em tuas cartas Renasce, azul... — são tuas mãos sentidas! Relembro-as brancas, leves, fenecidas Pendendo ao longo de corolas fartas.
Relembro-as, vou... nas terras percorridas Torno a aspirá-lo, aqui e ali desperto Paro; e tão perto sinto-te, tão perto Como se numa foram duas vidas.
Pranto, tão pouca dor! tanto quisera Tanto rever-te, tanto!... e a primavera Vem já tão próxima! ...(Nunca te apartas
Primavera, dos sonhos e das preces!) E no perfume preso em tuas cartas À primavera surges e esvaneces. (Vinicius de Moraes)
Não tenhas medo do amor. Pousa a tua mão devagar sobre o peito da terra e sente respirar no seu seio os nomes das coisas que ali estão a crescer: o linho e genciana; as ervilhas-de-cheiro e as campainhas azuis; a menta perfumada para as infusões do verão e a teia de raízes de um pequeno loureiro que se organiza como uma rede de veias na confusão de um corpo. A vida nunca foi só Inverno, nunca foi só bruma e desamparo. Se bem que chova ainda, não te importes: pousa a tua mão devagar sobre o teu peito e ouve o clamor da tempestade que faz ruir os muros: explode no teu coração um amor-perfeito, será doce o seu pólen na corola de um beijo, não tenhas medo, hão-de pedir-to quando chegar a primavera. (Maria do Rosário Pedreira)