
Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 27 de abril de 2008
Não

A magia em mim habita
Mira em meus olhos
E minha alma te devora.
Não tente me desvendar
Se tentar não me deixe perceber...
Sou alada, ousada, assustada
Se me fechar, vai me perder.
Me fecho no meu mundo
Não no teu.
Sou livre, sou minha
Só minha, meu bem.
Meus encantos e mistérios te fascinam
Mas teus olhos me tiram do sério...
Tua boca sedenta da minha
Faz meu corpo tremer
Me faz sair da linha.
Não me tire da linha!
Não me tire de mim!
Não me olhe!
Não me sobrevoe!
Não me encante!
Não me ame!
Não
Não
Não...
Carolina Salcides

...
Vim te lembrar de um beijo antigo,
de muito tempo...
Beijo que viaja só, no ar ao teu redor,
apoiado na solidão do vento.
Vim te deixar a canção de ontem,
que ouvimos, dançamos e pensamos
na lentidão das noites,
do passado que hoje lembramos.
Vim te deixar o canto das luas,
feiticeiras que moram nas estrelas mais bonitas
que se despem sempre e ficam nuas
quando sentimos esta saudade tão querida
(Regis Caserta)
ALENTO

"Quando mais nada houver,
eu me erguerei cantando,
saudando a vida
com meu corpo de cavalo jovem.
E numa louca corrida
entregarei meu ser ao ser do Tempo
e a minha voz à doce voz do vento.
Despojado do que já não há
solto no vazio do que ainda não veio,
minha boca cantará
cantos de alívio pelo que se foi,
cantos de espera pelo que há de vir."
Caio Fernando Abreu
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