
Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

"Não se perdeu nenhuma coisa em mim.
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade."
(Sophia de Mello Breyner Andresen)
Continuam as noites e os poentes
Que escorreram na casa e no jardim,
Continuam as vozes diferentes
Que intactas no meu ser estão suspensas.
Trago o terror e trago a claridade,
E através de todas as presenças
Caminho para a única unidade."
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

Apesar da busca de semelhanças e afinidades,
somos únicos.
E por uma questão de empatia conciliadora,
estimamos aquele cuja loucura coincida com a nossa,
cujas buscas façam eco com as nossas tateantes procuras.
Aprendi a conhecer e a cultivar nesse mundo azul,
que por ser idealizado é tão perfeito.
... Nada é mais expansivo e verdadeiro
do que se conhecer pela linguagem.
Não há julgamento pelas aparências,
mas pelo que se imagina.
Devolve-se às palavras o seu encanto.
E oferecer palavras é se entregar.
Algo valioso.
Conhecer a letra sem conhecer a voz...
(Fabrício Carpinejar)

Esta manhã não lavei os olhos – pensei em ti. Se o teu ouvido se fechou à minha boca poderei escrever ainda poemas de amor? A arte de amar não me serve para nada. Um fogo em luz transformado. Subitamente, a sombra. Há dias em que morro de amor. Nos outros, de tão desamado, morro um pouco mais.
(Casimiro de Brito)
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