Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
quarta-feira, 9 de abril de 2008
Na primavera, andarei com o amor, lado a lado, e cantaremos juntos entre as colinas; e seguiremos as pegadas da vida, que são as violetas e as margaridas; e beberemos a água da chuva, acumulada nos poços, em taças feitas de narciso e lírios.
No verão, deitar-me-ei ao lado do amor sobre camas feitas com feixes de espigas, tendo o firmamento por cobertor e a lua e as estrelas por companheiras
No outono, irei com o amor aos vinhedos e nos sentaremos no lagar, e contemplaremos as árvores se despindo das suas vestimentas douradas e os bandos de aves migratórias voando para as costas do mar. No inverno, sentar-me-ei com o amor diante da lareira e conversaremos sobre os acontecimentos dos séculos e os anais das nações e povos.
O amor será meu tutor na juventude, meu apoio na maturidade, e meu consolo na velhice.
O amor permanecerá comigo até o fim da vida, até que a morte chegue, e a mão de Deus nos reuna de novo. (Gibran Kahlil Gibran)
Cada um de nós segue o próprio fio da meada sem ouvir muito o outro.
Eu já morei naquela casa. Está deserta. Olha o jardim: a porta inda está aberta. Pode-se entrar... Ali, nesse canteiro eu plantei certa vez um pequeno craveiro. Já morreu. Morre tudo... Afinal só subsiste a saudade de tudo...
E a saudade é tão triste...
Tu moraste também no meu peito, querida... Hoje que me deixaste, a minha pobre vida é uma casa deserta igual a essa que viste.
E uma casa deserta - ó meu bem! - é tão triste...
MENOTTI DEL PICCHIA
Pelos caminhos da vida fechei os olhos às coisas feias, porém as belas guardei-as no meu baú de guardados (Gilka Machado)
Despertei as palavras que dormiam Nos versos dos papéis. Acordei os sentidos que o calor não tocava. Despi-me dos poemas em retalhos Que me cobriam a nudez do lado de fora. Sem disfarçar as dobras da minha face, E a experiência que cobre o meu corpo, Alterei os ponteiros da minha calma, E agora, nas maduras horas mais lentas, A alma preenche os próprios vazios, Com esperanças que só o amor pode, Enquanto eu danço nu no novo tempo, E dissipo vigor por todos os poros.
"Sopre ao vento seus sonhos, eles irão se espalhar pelo ar e voltar à você em forma de realidade"