Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
quinta-feira, 25 de setembro de 2008
A Fada Ruiva

Fada Ruiva é tão delicada
Sensível e muito querida
Passa os dias a duetar
No canteiro de margaridas
Adora relatar as novidades
Que acontecem no mundo encantado
Nada escapa dos seus olhinhos
Por isso tenham muito cuidado
Eu sou a Fadinha Arco-Íris
Estou aqui pra dar um conselho
Mantenham as magias em ordem
E não mexam com o escarevelho
Protejam as borboletas e cigarras
os pássaros e toda a bicharada
A fadinha não perdoa relata tudo
Conta com ajuda da Fadinha Melada
SoninhaBB
Sensível e muito querida
Passa os dias a duetar
No canteiro de margaridas
Adora relatar as novidades
Que acontecem no mundo encantado
Nada escapa dos seus olhinhos
Por isso tenham muito cuidado
Eu sou a Fadinha Arco-Íris
Estou aqui pra dar um conselho
Mantenham as magias em ordem
E não mexam com o escarevelho
Protejam as borboletas e cigarras
os pássaros e toda a bicharada
A fadinha não perdoa relata tudo
Conta com ajuda da Fadinha Melada
SoninhaBB
Casebre do amor...

"O meu amor honra-me com prendas e eu nada tenho para lhe dar. Talvez a Lua. Afaga-me o cabelo e enche-o de nuvens e eu só lhe posso retribuir com raios de sol. Debruça-me sobre um manto fresco de ervas e brinca com as minhas orelhas. Dou-lhe, em segredo, um sorriso, a que ele, logo, acode com uma cascata líquida de risos cristalinos. À noite desculpa-se por não ter outras prendas para demonstrar-me o seu verdadeiro amor. É nesse momento que, então, envergonhada por ter menos do que ele, aproveito o escuro do quarto e lhe pouso, devagar, sobre a almofada, uma pétala, ainda viva, perfumada, duma flor."
José António Gonçalves
José António Gonçalves
Apaixonada

Vens e dizes estar
Dissolutamente apaixonada.
Que sou tua reta e indivisa vida,
Que todas as tuas pertenças
São agora minhas pertenças:
Teu riso incontido,
Tuas lágrimas safíricas,
Teu sexo sequioso,
Teus descaminhos justos,
Teus arrependimentos tolos,
Teu coração indômito...
Até tuas mais incertas tristezas
Juras que me pertencem.
Juras que me pertencem
Todas as tuas juras.
E fico eu cá no meu canto
Tentando buscar a razão disso tudo.
O que em mim pode ter te encantado tanto,
Se sou, dentre os grãos dourados
Da areia da praia, o menorzinho
E você quase contém o mar todinho
Apenas em um único e terno olhar?
Teria sido a poesia que fingi escrever,
Ou os encantamentos delatores
Que de meus olhos escaparam
A primeira vez que te encontraram
Vestida de primavera e sol?
Oswaldo Antônio Begiato
Dissolutamente apaixonada.
Que sou tua reta e indivisa vida,
Que todas as tuas pertenças
São agora minhas pertenças:
Teu riso incontido,
Tuas lágrimas safíricas,
Teu sexo sequioso,
Teus descaminhos justos,
Teus arrependimentos tolos,
Teu coração indômito...
Até tuas mais incertas tristezas
Juras que me pertencem.
Juras que me pertencem
Todas as tuas juras.
E fico eu cá no meu canto
Tentando buscar a razão disso tudo.
O que em mim pode ter te encantado tanto,
Se sou, dentre os grãos dourados
Da areia da praia, o menorzinho
E você quase contém o mar todinho
Apenas em um único e terno olhar?
Teria sido a poesia que fingi escrever,
Ou os encantamentos delatores
Que de meus olhos escaparam
A primeira vez que te encontraram
Vestida de primavera e sol?
Oswaldo Antônio Begiato
Brinca enquanto souberes!

Brinca enquanto souberes!
Tudo o que é bom e belo
Se desaprende...
A vida compra e vende
A perdição.
Alheado e feliz,
Brinca no mundo da imaginação,
Que nenhum outro mundo contradiz!
Brinca instintivamente
Como um bicho!
Fura os olhos do tempo,
E à volta do seu pasmo alvar
De cabra-cega tonta,
A saltar e a correr,
Desafronta
O adulto que hás-de ser!
Miguel Torga
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