Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
Pensar em ti é coisa delicada. É um diluír de tinta espessa e farta e o passá-la em finíssima aguada com um pincel de marta.
Um pesar grãos de nada em mínima balança um armar de arames cauteloso e atento, um proteger a chama contra o vento, pentear cabelinhos de criança.
Um desembaraçar de linhas de costura, um correr sobre lã que ninguém saiba e oiça, um planar de gaivota como um lábio a sorrir,
Penso em ti com tamanha ternura como se fosses vidro ou película de louça que apenas como o pensar te pudesses partir.
António Gedeão
a força de um ato dura o tempo exato para ser compreendida depois disso é bobagem vira longa-metragem por acaso estendida fora o essencial nada mais é natural vira apenas suporte pena a vida não ter corte
Hoje, vejo-me caminhando de mãos dadas com a vida. E, em um pequeno trajeto, se me lembro das escolhas, percebo-me desvendando das folhas, as cores e enigmas. Deixo rastros de flores no ar... Ah! Mas quanta ousadia andar assim,... pisando em poesias.
Rita Costa
(...)
eu disse a mim mesma que o mundo no qual eu acreditava haveria de existir em algum lugar do planeta! Haveria de existir![...]o mundo seria sim bonito e doce, o mundo seria cheio de amor e eu nunca mais ficaria doente. E, nesse mundo, ninguém precisa trocar amor por coisa alguma porque ele brota sozinho entre os dedos da mão e se alimenta do respirar, do contemplar o céu, do fechar os olhos na ventania e abrir os braços antes da chuva. Nesse mundo, as pessoas nunca se abandonam. Elas nunca vão embora porque a gente não foi um bom menino.