Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 6 de setembro de 2009
Aparição

Consideremos o jardim, mundo de pequenas coisas,
calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes.
Sequências de convergências e divergências,
ordem e dispersões, transparência de estruturas,
pausas de areia e de água, fábulas minúsculas.
Geometria que respira errante e ritmada,
varandas verdes, direcções de primavera,
ramos em que se regressa ao espaço azul,
curvas vagarosas, pulsações de uma ordem composta pelo vento em sinuosas palmas.
Um murmúrio de omissões, um cântico do ócio.
Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena.
Sou uma pequena folha na felicidade do ar.
Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis.
É aqui, é aqui que se renova a luz.
António Ramos Rosa
calhaus, pétalas, folhas, dedos, línguas, sementes.
Sequências de convergências e divergências,
ordem e dispersões, transparência de estruturas,
pausas de areia e de água, fábulas minúsculas.
Geometria que respira errante e ritmada,
varandas verdes, direcções de primavera,
ramos em que se regressa ao espaço azul,
curvas vagarosas, pulsações de uma ordem composta pelo vento em sinuosas palmas.
Um murmúrio de omissões, um cântico do ócio.
Eu vou contigo, voz silenciosa, voz serena.
Sou uma pequena folha na felicidade do ar.
Durmo desperto, sigo estes meandros volúveis.
É aqui, é aqui que se renova a luz.
António Ramos Rosa

A espera é difícil,
Mas espero cantando...
E quando tudo parece ser,
a gavetinha se abre
cotucando em tudo o SER.
São sentimentos que doem,
uma saudade pungente
das coisa que a gente sente,
da vida por mais viver.
Ânsia do impossível,
quase certo acontecer,
desejo que teria sido,
não fosse o anoitecer.
Algo do inconsciente da alma,
que mesmo calma, procura
horizonte em farrapos afogados
no fogaréu do céu, sem véu.
Me reflete aconchegando, amarfanhando,
no colo do por do sol...do que sou...
A espera é difícil, mas espero cantando.
Gaiô.
Mas espero cantando...
E quando tudo parece ser,
a gavetinha se abre
cotucando em tudo o SER.
São sentimentos que doem,
uma saudade pungente
das coisa que a gente sente,
da vida por mais viver.
Ânsia do impossível,
quase certo acontecer,
desejo que teria sido,
não fosse o anoitecer.
Algo do inconsciente da alma,
que mesmo calma, procura
horizonte em farrapos afogados
no fogaréu do céu, sem véu.
Me reflete aconchegando, amarfanhando,
no colo do por do sol...do que sou...
A espera é difícil, mas espero cantando.
Gaiô.
"Cuitelinho"

Faça o que é bom
Sinta o que é bom
Pense o que é bom
Bom pra você!
Coma o que é bom
Veja o que é bom
Volte ao que é bom
Bom pra você!
Guarda pro final
Aquele sabor genial
Se é genial pra você!
Tente o que é bom
Permita o que é bom
Descubra o que é bom
Bom pra você!
Então beije o que é bom
Mostre o que é bom
Excite o que é bom
Bom pra você!
Um dia você me conta
Um dia você me apronta
Um resumo
Do supra-sumo do seu prazer
Pense o que é bom
Perceba o que é bom
Decida o que é bom
Pra você
Decida o que é bom pra você!
Zélia Duncan e C. Oyens
Sinta o que é bom
Pense o que é bom
Bom pra você!
Coma o que é bom
Veja o que é bom
Volte ao que é bom
Bom pra você!
Guarda pro final
Aquele sabor genial
Se é genial pra você!
Tente o que é bom
Permita o que é bom
Descubra o que é bom
Bom pra você!
Então beije o que é bom
Mostre o que é bom
Excite o que é bom
Bom pra você!
Um dia você me conta
Um dia você me apronta
Um resumo
Do supra-sumo do seu prazer
Pense o que é bom
Perceba o que é bom
Decida o que é bom
Pra você
Decida o que é bom pra você!
Zélia Duncan e C. Oyens
Merina


Rosto comprido, airosa, angelical, macia,
Por vezes, a alemã que eu sigo e que me agrada,
Mais alva que o luar de inverno que me esfria,
Nas ruas a que o gaz dá noites de ballada;
Sob os abafos bons que o Norte escolheria,
Com seu passinho curto e em suas lãs forrada,
Recorda- me a elegância, a graça, a galhardia
De uma ovelhinha branca, ingénua e delicada.
Cesário Verde

Boa noiteeeeeee
Flor Do Mal

♥
Estou perdida na fumaça
Na penumbra de um cabaré
E essa dor é uma cachaça
Que não passa, me descompassa
Um amor carnal, uma flor do mal
Meu castigo de sempre
♥
Te querer muito mais que a mim
Foi assim do começo ao fim
Até mesmo a loucura que conduz a volúpia dor
Pois te amei como amei meu pai
E quem ama o amor não trai
Vou levando esta cruz
♥
Garçom me sirva um bom traçado
Dose dupla de solidão
A um coração dilacerado
Transpassado de lado a lado
Ponta de punhal, uma flor do mal
Meu destino de sempre
♥
Me entreguei nesta comunhão
Como a abelha se entrega a flor
E num beijo imortal depois do amor e satisfação
Mais que eu ninguém deu de si
E sou eu que ainda vive aqui
Prisioneira da dor embriagada no perfume da paixão
E a paixão enfim é flor do mal
Tatuada em mim.
Aécio Flávio Tibério Gaspar
Estou perdida na fumaça
Na penumbra de um cabaré
E essa dor é uma cachaça
Que não passa, me descompassa
Um amor carnal, uma flor do mal
Meu castigo de sempre
♥
Te querer muito mais que a mim
Foi assim do começo ao fim
Até mesmo a loucura que conduz a volúpia dor
Pois te amei como amei meu pai
E quem ama o amor não trai
Vou levando esta cruz
♥
Garçom me sirva um bom traçado
Dose dupla de solidão
A um coração dilacerado
Transpassado de lado a lado
Ponta de punhal, uma flor do mal
Meu destino de sempre
♥
Me entreguei nesta comunhão
Como a abelha se entrega a flor
E num beijo imortal depois do amor e satisfação
Mais que eu ninguém deu de si
E sou eu que ainda vive aqui
Prisioneira da dor embriagada no perfume da paixão
E a paixão enfim é flor do mal
Tatuada em mim.
Aécio Flávio Tibério Gaspar
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