"Amanhã é dia de nascer de novo." (Caio Fernando Abreu)
Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sexta-feira, 17 de abril de 2009
Feliz fim de semana!

Cartas imaginárias
Rita Apoena
Querida Teresinha,
Quanto tempo a gente leva para repousar os olhos nas pessoas ao nosso redor?
E ir deslizando pelos pequenos detalhes, na beleza não manifesta e, ao mesmo tempo, ofuscante? Quanto tempo a gente leva para repousar os olhos nos olhos do outro, sem qualquer pressa, sem procurar ali dentro o próprio reflexo? Foi esses dias, Teresinha, eu aninhei as mãos de minha avó por dentro das minhas, encostando o meu rosto em seus dedos tão frios, como se ela tivesse acabado de nascer em seu corpinho já envergado pelo tempo e marcado pelos dias. Naquele segundo, eu entendi que nada era mais urgente, nem mais importante, do que ouvir a minha avó reaprendendo a falar... e que eu sequer começaria a ver alguém - além de mim mesma - se não pudesse enxergar as pessoas para as quais olhei a vida inteira.
Rita Apoena
Querida Teresinha,
Quanto tempo a gente leva para repousar os olhos nas pessoas ao nosso redor?
E ir deslizando pelos pequenos detalhes, na beleza não manifesta e, ao mesmo tempo, ofuscante? Quanto tempo a gente leva para repousar os olhos nos olhos do outro, sem qualquer pressa, sem procurar ali dentro o próprio reflexo? Foi esses dias, Teresinha, eu aninhei as mãos de minha avó por dentro das minhas, encostando o meu rosto em seus dedos tão frios, como se ela tivesse acabado de nascer em seu corpinho já envergado pelo tempo e marcado pelos dias. Naquele segundo, eu entendi que nada era mais urgente, nem mais importante, do que ouvir a minha avó reaprendendo a falar... e que eu sequer começaria a ver alguém - além de mim mesma - se não pudesse enxergar as pessoas para as quais olhei a vida inteira.
Animais da Fazenda do Tio Zeca

Na fazenda do tio Zeca,
Tem animal de todo tipo.
Tem cavalo apressado,
Que fica correndo pelo pasto,
Com as patas no ar,
Parece até que vai voar.
Tem galo, metido a artista.
Fica cantando o dia inteiro
Estufando o peito,
E ele leva o maior jeito!
Tem cachorro engraçadinho,
Alegre e bem agitado
Que nunca fica parado.
Tem gato esperto e ligeiro,
Que fica em cima na janela
De olho no assado de berinjela.
Tem até ave de rapina.
Uma águia rápida como o vento,
Sempre com olhar atento.
Tem macaco com o cipó na mão
Se joga pra lá, se joga pra cá,
E não cai no chão.
Tem uma pequenina borboleta,
Que bate as asas com leveza,
E voa! Voa que é uma beleza!
Paty Padilha
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