Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
1. Quando uma montanha se apaixona tudo pode acontecer... Começa aos saltos ou então fica para ali deitada a olhar as nuvens. Convém por isso não a escalar nesses dias e sobretudo não beber da água das suas nascentes.
2. As montanhas apaixonam-se com frequência. Vestem-se de branco. De verde ou azul. Por vezes abrem as pálpebras. E a lava da sua paixão corre-lhe pelas faldas.
Vivo em duas mulheres Uma quer calar A outra quer falar Uma tem horário Outra dicionário Uma tem dois filhos Outra um par de brincos Conflitos! Uma ganha Outra gasta Uma ama Outra afasta Uma é chama A outra é casta Uma vive Outra escreve Em desordem natural (Abigail Brasil)
As folhas caiam quais gotas de orvalho e espalhavam-se no ar. A árvore mudava a sua copa outonal e era também outono em seu coração...
E lá estava ela a contemplar a rua, a olhar o nada como se esperasse alguém mesmo sabendo que esse alguém não viria
Seus longos cabelos negros dividiam-se em tranças e seu sorriso lindo de criança esmaecera, mas, inexplicavelmente ela não estava triste estava aliviada por se haver livrado, ainda que por apenas um dia, do vil soldado do inferno que lhe atormentava.
E olhos negros a fitar a rua percebeu ao cair da tarde o nascer da lua que nua lhe dizia: Há vida! (Ariadna Garibaldi)