
Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
terça-feira, 4 de março de 2008

Gostava de estar sempre ao pé de ti
mas nunca estou mais perto do que quero
do que longe de ti quando a ti te desejo.
De dia embrulho-te num vestido escuro
para olhos estranhos me verem.
Quero ser sombra se tu estiveres ausente
tal como tu és sombra ao pé de mim.
desde que te amo estou só completamente.
(Ulla Hahn)
Borboleta Rubra

Mulher borboleta
Teu vôo me encanta.
Cobre-me em cores
No véu de tua manta.
Livra-te o casulo
Te quero tão leda.
Largada e sensual,
Envolta em seda.
Passa na vida.
Passagem sofrida.
Vida que muda.
Mudança empedernida.
Muda de modo
Ao rubro em cor.
Do rastejar em meu leito
Ao vôo do ardor.
Novidade na era,
Na era real.
Primeira em vera,
Verdade sensual!
Mulher borboleta
Me cobre em tuas asas.
Guarda em mil flores,
Amores que abrasas.
Borboleta em mulher,
Em vôos te gosto.
Me prendes em sonhos
Ao jogo em que aposto.
Te dou borboleta
Meu néctar de amor.
Me dás borboleta
Teu pólen de flor.
Enfim borboleta,
É o amor quem te toma,
Polinizada pra sempre,
Do alguém que te ama.
(Marcos Woyames de Albuquerque)
MULHER BORBOLETA SONHADORA
Mulher Borboleta
MULHER-BORBOLETA

Arco-iris alado,
Fada voante,
Ser encantado,
No h quem no se encante.
Beleza to imensa,
Mundo de cor,
Borboleta intensa,
Mulher amor.
Metamorfose total;
Nasce mera larva,
Logo em crislida,
Mel e sal.
Emerge to linda,
Vrias nuances,
Pulgentes ou plidas,
Magias e danas.
Ornam a paisagem,
conquista coraes,
Voantes oraes,
Reais miragens.
Borboleta-Mulher,
Mulher-Borboleta.
Tudo que se quer,
O tempo, a ampulheta,
Espao, movimentos,
Inebriam os olhos meus,
Maravilhosos alentos,
Sonho de Deus!...
[gustavo drummond]
Alto Mar
Beijo

Um beijo despe a valentia,
afasta o medo que há em nós,
vagueia no desejo ardente que nos guia,
que nos tira os pés do chão
e nos dá um nó na voz.
Um beijo afaga a alma incompleta
ampara as margens adormecidas na dor
penetra o íntimo amor que desperta
na pétala vadia de uma flor.
Um beijo rompe as ruas desertas
amansa o olhar que chora incerto
lambe as pingas da chuva e
cava fundo no pensamento
que rouba tempo ao tempo.
Um beijo adoça o vento leve
que nos cobre o rosto
acorda a noite perdida de desgosto
e algures no meio do nada,
rompe uma estrada.…
(Daniel Camacho)
O(dores)de uma Flor

A uma flor cristalina de sentimento e pureza
brotando seu perfume e essência
nas palavras pétalas
de seu caule poesia
pela terra agreste
A uma voz coragem
serena e vibrante
que sem atropelos e falsidade
espalha ao mundo
sua mensagem de amor
rouca triste palpitante
mas sempre viva
A uma mulher
que se assume de ternura
de seios imensos de desejo
de corpo limpo de puro sentir e emoção
de alma nos olhos brilhantes
em seu ser único verdadeiro
em seu eterno fluido
de ser mulher dor prazer
construção do mais puro amor
(Manuel Neves)

"...O que é que eu faço para um dia poder está diante desses olhos,
E poder mergulhar nestas ondas incessantes de sentimentos.
O Mar de mulher que tu es me espanta,
Mesmo assim me direciono rumo ao desconhecido entre rochedos e noites sem estrelas para me guiar.
Onde eu me perdi?
Onde tu me encontraste?
Mostre-me como estais e te direi o que de mim queres.
Este é o jogo.
O jogo das palavras,
O jogo da sedução,
Das duras penas de se amar e sem amarras se perder.
Onde o novo começa e o velho termina.
Um novo mundo.
O mundo que é só seu.
Um mundo que foi criado para que as coisas aconteçam.
E se moldem e se movimentem ao seu redor.
Um mundo que é representado na sua tábua das marés.
Onde eu navegarei nas suas cheias,
Me prepararei para as suas vazantes,
E deleitarei meus quereres e prazeres na sua preamar de desejos..."
( "Marés" , by Carlos Venttura )

Porque já não quero asas, o mundo do ar, das infinitas suspensões e interregnos. Porque preciso de terra e formigas, umidade de chão e charco, folhas caídas, momentos fecundos. Porque em mim estanca-se o tempo de aguadas, as correntes se invertem, os barcos ancoram e se faz hora de remendar redes, pés descalços no agora. Porque preciso reinventar o sonho, costurá-lo miúdo em princípio, alinhavar pequeno, bordar no início, começar de dentro a nova rosa dos ventos.
(Ticcia)
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