segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Comigo a solidão


Nesse momento
eu manteria
comigo e em mim
essa larga solidão.

Ela não me deixa triste
Não me faz voar
não me faz dormir.
É tão grande

É tão inútil.
Explica-se por si mesma
Não a almejo nem repilo,
Apenas, com ela, permaneço.

Ela é grande e me enche
Quiçá me completa
Olho-a como um amigo
Desconfiado de sua simpatia

Amanhã, talvez,
nós daremos os braços,
ganharemos dinheiro, ternura e leite
Amanhã...
(Sérgio Medeiros)

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