Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 23 de dezembro de 2007
não sou um anjo
fui feita de barro
me afirmo pela morte.
a cada instante
a vida me consome
e anjos não morrem.
anjos não fogem
são menos livres.
prefiro a hipótese leviana do humano.
habito essa morada
imensos aposentos de não-ser
tocados por um vento de aventura
e meu quintal está plantado de erros.
levito às vezes
e sofro
a concretude rachada que fulgura
mercúrio em minha argila
(AD)
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