Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
domingo, 30 de dezembro de 2007
Boca
Boca profetisa
Que sempre avisa
É a boca materna
Com ternura eterna.
Boca profana
Insana.
Inventa, mente
Não percebe que é carente.
Boca atrevida
Grita, agita,
Não aceita.
Simplesmente rejeita.
Boca com vontade
Fica na saudade.
O sonho não realizado
No silêncio fica guardado.
Boca veterana,
Soberana!
Suga ardente
Provoca delírio demente.
Boca acanhada
Guarda, alucinada,
Desejo contido
Por ser proibido.
Boca que sustenta
Firme agüenta.
Atira palavra como flecha
Assume e jamais se fecha.
Boca fechada esmorece.
Entreaberta enlouquece!
Com um sopro arrepia
Com alguns movimentos sacia.
Boca que cala
Boca que fala
Boca pintada
Boca desleixada
Barulhenta ou silenciosa,
Passiva ou ativa.
Não é boca qualquer
É Boca de Mulher.
(Emília Lopes)
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