Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Canção do caminho
Por aqui vou sem programa,
sem rumo,
sem nenhum itinerário.
O destino de quem ama,
como o trajeto do fumo.
Minha canção vai comigo.
Vai doce.
Tão sereno é seu compasso
que penso em ti, meu amigo.
- Se fosse,
em vez da canção, teu braço!
Ah, mas logo ali adiante
- Tão perto! -
acaba-se a terra bela.
Para este pequeno instante,
Decerto,
é melhor ir só com ela.
(Isto são coisas que digo,
que invento,
para achar a vida boa...
A canção que vai comigo
É a forma de esquecimento
Do sonho sonhado à toa...)
(Cecília Meireles)
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