A flor que atiraste agora,
quisera trazê-la ao peito;
mas não há tempo nem jeito...
Adeus, que me vou embora.
Sou dançarina do arame,
não tenho mão para flor:
pergunto, ao pensar no amor,
como é possível que se ame.
Arame e seda, percorro
o fio do tempo liso.
E nem sei do que preciso,
de tão depressa que morro.
Neste destino a que vim,
tudo é longe, tudo é alheio.
Pulsa o coração no meio
só para marcar o fim.
-Cecília Meireles-
(Do livro "Os Melhores Poemas de Cecília Meireles/
seleção Maria Fernanda", pág. 102).
quisera trazê-la ao peito;
mas não há tempo nem jeito...
Adeus, que me vou embora.
Sou dançarina do arame,
não tenho mão para flor:
pergunto, ao pensar no amor,
como é possível que se ame.
Arame e seda, percorro
o fio do tempo liso.
E nem sei do que preciso,
de tão depressa que morro.
Neste destino a que vim,
tudo é longe, tudo é alheio.
Pulsa o coração no meio
só para marcar o fim.
-Cecília Meireles-
(Do livro "Os Melhores Poemas de Cecília Meireles/
seleção Maria Fernanda", pág. 102).
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