Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
quarta-feira, 23 de setembro de 2009
Escrituras de luz investem na sombra, mais prodigiosas
que meteoros.
A alta cidade incognoscível avança sobre o campo.
Certo de minha vida e de minha morte, fito os ambiciosos
e tento entendê-los.
Seu dia é ávido como o laço no ar.
Sua noite é trégua da ira no ferro, prestes a atacar.
Falam de humanidade.
Minha humanidade está em sentir que somos vozes
de uma mesma penúria.
Falam de pátria.
Minha pátria é um lamento de guitarra, alguns retratos
e uma velha espada,
a desvelada prece dos salgueiros nos fins de tarde.
O tempo está vivendo-me.
Mais silencioso que minha sombra, cruzo o tropel de sua
exaltada cobiça.
Eles são imprescindíveis, únicos, merecedores da manhã.
Meu nome é alguém e qualquer um.
Passo devagar, como quem vem de tão longe que não
espera chegar.
Jorge Luis Borges
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário