Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
A flor do Maracujá
Sintetiza essa flor, de uma estranha estrutura,
de um simbolismo em outras flores nunca visto,
todo o poema de amor que encerra, em miniatura,
vida, paixão, tortura e trespasse de Cristo!
Sobre o cálix, ao centro, a hóstia de etérea alvura
é de luz e pureza impressionante misto.
Cinco chagas em flor desabrocham... Fulgura
a estrela, o emblema ideal pelos Magos previsto.
Postos à forma de um triângulo perfeito
os três cravos. A esponja, a coluna, o martelo
e a aguda lança cruel que lhe rasgara o peito.
E a contornar a flor, alva como os arminhos,
fulge, evocando o horror do supremo flagelo,
como um círculo rubro, a Coroa de Espinhos!
(Otacílio de Azevedo)
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