Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
Caminhada
Eu vinha aquela tarde pela terrra
fria de sapos...
O azul das pedras tinha cauda e canto.
De um sarã espreitava o verão um passarinho.
Caracóis passeavam com róseos casacos ao sol.
As mãos cresciam crespas para a água da ilha.
Começaram de mim a abrir roseiras bravas.
Com as crinas a fugir rodavam cavalos
investindo os orvalhos ainda em carne.
De meu rosto se viam ribeiros...
Limpando da casa-dos-ventos os limos
no ar minha voz pisava...
(Manoel de Barros)
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