Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sexta-feira, 7 de dezembro de 2007
Cantares de perda e predileção
II
Que dor desses calendários
Sumidiços, fatos, datas
O tempo envolto em visgo
Minha cara buscando
Teu rosto reversivo.
Que dor no branco e negro
Desses negativo
Lisura congelada do papel
Fatos roídos
E teus dedos buscando
A carnação da vida.
Que dor de abraços
Que dor de transparência
E gestos nulos
Derretidos retratos
Fotos fitas
Que rolo sinistroso
Nas gavetas.
Que gosto esse do Tempo
De estancar o jorro de umas vidas.
(Hilda Hilst)
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