terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Delírio


Fiz das alvas areias nosso leito;
Juntoà praia, bem perto o mar bramia;
E pressentiste que também rugia
Uma onda enorme dentro do meu peito.

Era um tumulto, um maremoto feito
De paixão, de romance e de poesia.
Teu corpo era uma ânfora em que eu bebia
O vinho sensual do amor eleito!

As nossas mãos nervosamente unidas
Simbolizavam nossas próprias vidas
E eu me senti feliz entre os mortais...

De repente em meus braços te enlacei
E ao beijar tua boca despertei,
Fora um sonho, um delírio, nada mais!...
(Extraído do livro "Musa do Outono" & alma, coração e vida - Alencar Monteiro )

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