sábado, 15 de dezembro de 2007

Terno Abrigo


A minh’ alma
Tal um pássaro
Tem as asas abertas,
Para te abraçar
Carinhosamente,
Depois de beijar-te
Fazer-te feliz
No meu ninho,
Agasalhar-te-ei
Nas horas incertas.
Quando sozinha,
Lembra regiões desertas,
Onde tudo é frio,
Onde tudo é espinho.
Estando aqui comigo,
Beberás da taça de vinho,
E terás muitas benções,
Do amor quase certas.
O que existe em mim
É amor bem intenso,
Que vai florindo,
A tudo fecundando
Ao céu sobe
Como se fosse
Um sagrado incenso.
Dessa forma
Minh’ alma,
Com asas palpitando,
Chora de saudade,
Agitando seu lenço,
Ao segredo do carinho
Sai buscando...
(Tancredo AP Filho)

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