Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
terça-feira, 23 de outubro de 2007
Personagens
Sim, eu sou um feitiço
Sou tua bruxa severa e má
Eu sou uma fada
Princesa encantada
Noite enluarada
Beijando o mar
Eu sou a bela que dorme
A velha curandeira
Nobre santa do altar
Eu trago incensos
Eu faço mandinga,
Mas sou teu patuá
A palavra que não tarda
A boca que não cala
Quem prende teu olhar
O amor que negas
A paixão que cega
O cosmo estrelar
A dona da primavera
A própria Cinderela
Teu caminho de voltar.
(Cáh Morandi)
Sou Mulher
Sou mulher,
com as aflições e a inspiração do poeta,
o esplendor e a serenidade... das mães!
Sou uma canção de ninar!
Experimentadora dos sabores do tempo...
Estrela da constelação familiar.
Sou letra e música da canção
do mais puro sentimento,
que a mulher é capaz de cultivar.
Sou feita com a síntese
do segredo de amar!
Tenho duas fases: minguante e cheia,
assim como o luar!
(Ivone Boechat)
Feminino Plural
Uma fada é uma mulher e uma mulher é uma fada e mais tudo que quiser. Uma mulher não é só ela, só uma. Uma mulher não se define. É um ser sublime, indefinível... Uma mulher tem muitas faces, muitas vidas dentro dela, muitas fases e amores. Tem também muitas dores
e muita garra, cabelos, pele... Muitos olhares (num deles você se perde)... porque ela é o caminho e também a perdição. Ela é pura química, magia, alquimia... Ousadia! Ela é intuição, feitiço, furacão. Possui muitas definições, qualidades, defeitos, atribuições. Uma mulher não é simples. Nem por dentro nem por fora.
Uma mulher é virgem, mártir, santa ou bruxa ou todas elas ao mesmo tempo. Uma andarilha sempre em busca, uma guerreira sempre em luta. Luta por si mesma, por suas crias, amores. Luta por seu mundo. Dia a dia, a cada segundo. Sua busca é eterna. Mulheres nunca estão satisfeitas. Sempre há algo a fazer, a aprender. Amor para dar, buscar ou compartilhar. Possuem uma capacidade de dar sem pedir nada em troca, um amor sem limites. Mulheres não possuem limites. Vão além das barreiras, sempre - A apaixonada, a ferida, a mãe, a amante. Não há ruas sem saída para essas mulheres.
As mulheres possuem asas, por isso as chamo de fadas, porque encantam, porque sempre vão além, porque são belas. Mas são bruxas também, voam de dia, enfeitiçam de noite, são ciganas, não têm raiz, espalham suas sementes por terras, seu perfume pelos ares, espalham seu amor pelo mundo, são provocantemente únicas, dançam, cantam enquanto arrumam a casa, celebram pequenos detalhes, admiram a lua. Elas se dividem, elas possuem muitas mulheres dentro delas. E é preciso conhecer e aceitar cada uma. Uma mulher que se conhece e se permite vai em busca do prazer completo, do amor ilimitado, da paixão que cruzou seu caminho... Uma mulher que se permite, ousa, arrisca e acredita. Vai em busca de sua natureza, de sua essência. Ela busca o verdadeiro. Justificando assim sua existência.
(Carolina Salcides)
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Carolina Salcides
A Vida
Nela eu sou livre...
Sou errante...
Sou cigana... Feiticeira...
Sou mística...
E também misteriosa...
A vida...
A tenho como expectadora...
Onde tudo se torna tão pequeno...
Diante de sua imensidão...
Nesta vida... Sou livre...
Sou amante...
E a deixo me levar...
Percorro seus campos...
Floridos onde danço...
Loucamente...
Pois sou livre...
Em meu espaço e razão...
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