segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Simplesmente crê;
não se desprendem as pétalas
apenas assim?


Issa Kobayashi


"...Seja paciente com tudo que não está
resolvido em seu coração,
e tente amar as questões por elas mesmas.
Não procure pelas respostas
que não podem ser dadas,
pois você não seria capaz de vivê-las.
E a questão é viver tudo o que há.
Viva as perguntas agora e talvez,
sem se aperceber disso,
algum dia,
você conviverá com as respostas."

(Rainer Maria Rilke)

Edificante Poema Escrito em Portuñol


Don Ramón se tomo um pifón:
bebia demasiado, don Ramón!


Y al volver cambaleante a su casa,
avistó em el camino:
um árbol
y um toro...


Pero como veia duplo, don Ramón
vio um árbol que era
y um árbol que no era,
um toro que era
y um toro que no era.
Y don Ramón se subió al árbol que no era:
Y lo atropelo el toro que era.
Triste fim de don Ramón!


Mário Quintana

A love so beautiful



Um amor tão lindo

[...]
Um amor tão lindo
Um amor tão livre
Um amor tão lindo


Um amor por você e por mim
E quando penso em você
Eu apaixono-me novamente


"Somos todos criados à imagem de Deus,
e Deus está dentro de cada um de nós.
Nossa natureza é predominantemente amorosa,
pacífica, equilibrada e harmoniosa.
Somos inerentemente solidários e capazes de compaixão.
Somos almas.

Brian Weiss

“Não é que pensei outra coisa de gente grande?
Esta é assim: tudo que parece meio bobo
é sempre muito bonito, porque não tem complicação.
Coisa simples é lindo.
E existe muito pouco (…)

E acho que escrever uma história
é uma coisa muito boa.
O coração da gente fica mais quentinho
e a gente gosta mais das pessoas (...)
A coisa que uma pessoa mais precisa na vida
é gostar das outras pessoas e ser gostada,
também. Aí, pra ser gostado, a gente escreve histórias”

Caio Fernando Abreu

Canção de ninar meu bem


Hoje a lua despiu seu véu
E flutua a dormir no céu
Na canção que de mim nasceu
Meu amado adormeceu
Meu amado adormeceu

Dorme, meu amor
Como no céu a lua
Tu serás sempre meu
E eu só tua

Dorme, amigo, que a poesia
É um mistério que não tem fim

Dorme em calma
Que assim, um dia
Dormirás para sempre em mim
Dormirás para sempre em mim


Vinícius de Moraes

Pombada contava aos meninos de Corumbá sobre achadouros. Que eram buracos que os holandeses, na fuga apressada do Brasil, faziam nos seus quintais para esconder suas moedas de ouro, dentro de grandes baús de couro. Os baús ficavam cheios de moedas dentro daqueles buracos. Mas eu estava a pensar em achadouros de infâncias. Se a gente cavar um buraco ao pé da goiabeira do quintal, lá estará um guri ensaiando subir na goiabeira. Se a gente cavar um buraco ao pé do galinheiro, lá estará um guri tentando agarrar um rabo de uma lagartixa. Sou hoje um caçador de achadouros de infância. Vou meio dementado e enxada às costas a cavar no meu quintal vestígios dos meninos que fomos. Hoje encontrei um baú cheio de punhetas.

Manoel de Barros

Peixe


"O peixinho prateado
no aquário sempre vejo!
Bem me fita, o assanhado,
só querendo me dar beijos.


Sua boca um “oi” miúdo
vai dizendo e isso é bom,
só o peixe, neste mundo,
fala “oi”, sem soltar som."


Maria da Graça Almeida.