sábado, 28 de fevereiro de 2009

Homens insinuantes... na vida das Mulheres...

1. Seu médico:
"Tire a roupa."

2. Seu psicanalista:
"Agora deite e relaxe."

3. Seu farmacêutico:
"Dói a cabeça?"

4. Seu dentista:
"Abra um pouco mais..."

5. Seu decorador:
"Quando estiver tudo dentro você vai gostar."

6. Seu flanelinha:
"Vem...vem...assim...assim..."

7. Seu frentista:
"A senhora quer lubrificante?"

8. Seu vendedor de frutas:
"Pode segurar mas não pode apertar."

9. Seu cabeleireiro:
"Vamos fazer uma coisa diferente?"

10. Seu peixeiro:
"Vai querer tudo ou só metade?"

11. Seu professor de culinária:
"Isso, assim ...mexe um pouco mais agora..."

12. Seu padeiro:
"Sim. Está quentinho! Como a senhora gosta."

13. Seu feirante:
"Gostoso, não é? Pode experimentar outra vez..."

14. Seu marido:
"Hoje ? Outra vez ?! Assim não há quem agüente !!"


sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Cultivo uma rosa branca



Cultivo uma rosa branca,
em julho como em janeiro,
para o amigo verdadeiro
que me estende sua mão franca.


E para o mau que me arranca
o coração com que vivo,
cardo ou urtiga não cultivo:
cultivo uma rosa branca.


José Marti

PASSARINHO FOFOQUEIRO




Um passarinho me contou
que a ostra é muito fechada,
que a cobra é muito enrolada,
que a arara é uma cabeça oca,
e que o leão marinho e a foca...
xô, passarinho! chega de fofoca!

JOSÉ PAULO PAES

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Elfo



passos firmes
alto e belo
sempre a me cuidar
perpendicular a mim
por estradas
por sonhos
ora reais
ora imaginados
compulsivamente
caminhando para me encontrar.

Paty Padilha

Os Teus Olhos



O céu azul, não era
Dessa cor, antigamente;
Era branco como um lírio,
Ou como estrela cadente.
Um dia, fez Deus uns olhos
Tão azuis como esses teus,
Que olharam admirados
A taça branca dos céus.
Quando sentiu esse olhar:
"Que doçura, que primor!"
Disse o céu, e ciumento,
Tornou-se da mesma cor!

Florbela Espanca




Sobre Crianças



As crianças não brincam de brincar. Brincam de verdade...
Triste de quem não conserva nenhum vestígio da infância...
A criança que brinca e o poeta que faz um poema – Estão ambos na mesma idade mágica!
Ah, aquela confiança que tem uma criança rezando... Inocente confiança. Alegria. Quem é de nós que reza com alegria? Parece que só existe mesmo o Deus das crianças... Deus é impróprio para adultos.
Não são todos que realizam os velhos sonhos da infância.
Nunca se deve tirar o brinquedo de uma criança, tenha ela oito ou oitenta anos.


Mario Quintana


Mínimo templo
para um deus pequeno,
aqui vos guarda,
em vez da dor que peno,
meu extremo anjo de vanguarda.

De que máscara
se gaba sua lástima,
de que vaga
se vangloria sua história,
saiba quem saiba.

A mim me basta
a sombra que se deixa,
o corpo que se afasta

Paulo Leminski

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Peadeeeeeeenhaaaaaa

Numa blitz, o guarda pára a loira deliciosa e pede os documentos.
— Que documentos? — pergunta ela, com ar inocente.
— A sua Carteira de Habilitação!
— Carteira de Habilitação? O que é isso?
O guarda já começa a ficar impaciente.
— Pode me dar a sua Identidade?
— Identidade? Eu também não sei o que é isso!
Inconformado com a burrice da garota e exaltado com as curvas abundantes, o guarda tira o pau para fora e pergunta:
— E isso daqui, você sabe o que é?
— Ah! Não! O bafômetro de novo!

Confidência de Fadinha



Conheço uma Fadinha encantada
Que guarda consigo grande segredo
Um segredo colorido

O segredo vermelho
Junto com um lindo laço de fita
Ela prende no cabelo

O segredo laranja
Bem no cantinho dos olhos
Ela esconde com a franja

O segredo amarelo
Ela esconde dentro
Daquele vaso tão belo

O segredo verde
Ela rega a noite
Pela manhã estende

O segredo azul
Esse é muito grande
Fica pelo sul

O segredo anil
Ela pinta as nuvens
Do céu de abril

O segredo lilás
Ela leva em cestas
E nos vidros de florais

O segredo rosa
Ela guarda prosa
No jardim da casa

(Paty Padilha e Bernadette Moscareli)

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Casinhas das Fadas


Naquele Reino Encantado distante
Há um bosque bem grande
E é a lá que as Fadinhas resolveram encantar

A Fadinha Azul toda ligeira, tratou de organizar:
Cada Fadinha deve ter uma bela casinha e enfeitar

A Fadinha Amarela não escutou,
Como ‘quem procura acha’
Encontrou um pote de mel e Melada ficou

A Fadinha Ruiva sempre arteira
Só pensava em paquerar
Se perdeu no bosque e tão cedo não há de voltar...

A Fadinha Rosa graciosa que é
Decorou sua casinha com com cores suaves
Deixando charme e poesia no ar

A Fadinha Branca parecia perdida
Mas não se deu por vencida
A casinha dela? Ficou a coisa mais linda

A Fadinha Verde é a mais nova no pedaço,
Trouxe luz e leveza
Sua casinha ficou uma beleza

As casinhas das Fadinhas Amarela e da Ruiva? A Azul tivera de ajudar!
Mas no final das contas tudo ficou Divino, até deu vontade de lá morar!

(Paty Padilha)

Vestidinho de Fada


Lá no Bosque das Fadinhas, um fato engraçado aconteceu
A Fadinha Amarela preparou uma surpresa paras as amiguinhas
Ficou ensaiando um encanto a semana inteirinha

Pensando que poderia ser fácil
Deixar um vestidinho encantado na casa de cada Fadinha
Eles eram lindos, um cada cor e iluminados

Em uma manhã ela começou a fazer o encanto
Na frente de cada casinha, balançava sua varinha plin, plin, plin
Pensando que o vestinho ia para dentro da casinha

E assim de casinha em casinha... balançando sua varinha...

De tarde... resolveu visitar as Fadinhas e saber da surpresa
Surpresa teve ela ao perceber que nada aconteceu, nenhum vestinho nas casinhas apareceu
Ué! Onde foram parar os vestidinhos que com tanto carinho ela encantara?

Foram aparecer nos galhos de uma árvore,
Iluminados que eram, deixaram o Bosque naquela noite, ainda mais belo

(Paty Padilha)





A nossa vida é um carnaval
A gente brinca escondendo a dor
E a fantasia do meu ideal
É você, meu amor
Sopraram cinzas no meu coração
Tocou silêncio em todos clarins
Caiu a máscara da ilusão
Dos Pierrot's e Alecrins

(Moacyr Franco)

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Do Poema


O problema não é
meter o mundo no poema; alimentá-lo
de luz, planetas vegetação. Nem
tão- pouco
enriquecê-lo, ornamentá-lo
com palavras delicadas, abertas
ao amor e à morte, ao sol, ao vício,
aos corpos nus dos amantes -

o problema é torná-lo habitável, indispensável
a quem seja mais pobre, a quem esteja
mais só
do que as palavras
acompanhadas
no poema.

Casimiro de Brito

- Ajudando a chorar


A menina chegou em casa atrasada para o jantar.
Sua mãe tentava acalmar o nervoso pai enquanto pedia explicações sobre o que havia acontecido.
A menina respondeu que tinha parado para ajudar Janie, sua amiga, porque ela tinha levado um tombo e sua bicicleta tinha - se quebrado.
- "E desde quando você sabe consertar bicicletas?" perguntou a mãe.
- "Eu não sei consertar bicicletas!" disse a menina.
"Eu só parei para ajudá-la a chorar".

Murray Lancaster


Alga



Passa a noite calma
O silêncio da brisa...
Acontece-me à alma
Qualquer cousa imprecisa....

Uma porta entreaberta...
Um sorriso em descrença...
A ânsia que não acerta
Com aquilo em que pensa.

Sombra, dúvida, elevo-a
Até quem me suponho,
E a sua voz de névoa
Roça pelo meu sonho...

(Fernando Pessoa)

Poema Transitório



(...) é preciso partir
é preciso chegar
é preciso partir é preciso chegar... Ah, como esta vida é urgente!

... no entanto
eu gostava mesmo era de partir...
e - até hoje - quando acaso embarco
para alguma parte
acomodo-me no meu lugar
fecho os olhos e sonho:
viajar, viajar
mas para parte nenhuma...
viajar indefinidamente...
como uma nave espacial perdida entre as estrelas.


Mário Quintana

Rosas são vermelhas
Como o coração,
Mas da sua vida,
Somente eu,
Sou a paixão.

(Carolina P. Aguiar)

Aine, Deusa das Fadas


Deusa primária da Irlanda
Soberana da terra e do sol,
Aine, sinônimo de prazer,
alegria e esplendor
Rainha dos reinos encantados
Aine é a Deusa do amor
Da fertilidade e do desejo
Deusa-Fada segundo a tradição
Ajudava viajantes perdidos
Com seus poderes de transformação
Aine, Deusa Donzela, Deusa Mãe,
Deusa Obscura, onde seu poder de sedução
Aos homens mortais era fatal

Paty Padilha

Poética Contraditória



Não digas o que sabes nos teus versos,
Deixa para trás a ciência e a consciência;
Tudo aquilo que em ti não for ausência
São ideais perdidos, ou submersos.

Abandona-te às vozes que não ouves,
E liberta os teus deuses nos teus dedos;
Não busques os sorrisos, mas os medos,
E o que não for ignoto e só, não louves.

Ser misterioso e triste, é ser poeta:
Mesmo a luz que palpita nos teus cantos
É uma imagem heróica dos teus prantos.

Percorre o teu caminho até ao fundo,
E com os versos que achaste, aumenta o mundo.
Não sejas um escritor, mas um profeta.

António Quadros

domingo, 15 de fevereiro de 2009


Tristeza...

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Minhas Carências, teu Aconchego


Adoro quando você me diz,
Que a doçura da minha Fada te encanta.
Que o desejo da minha fêmea
Enlouquece-te, e te domina.
Que o bom senso da minha maturidade te orienta,
E quando diz que ama o meu sorriso.
Minha língua sinuosa se enrosca na tua,
Meu jeito meio safado de encarar a vida,
Diz-me essas coisas quando mais preciso,
Quando estou carente,
Necessitando de um abrigo.
E me oferece o que há de melhor em você:
Teu amor, teu carinho,
Teu peito como aconchego
Teu olhar tornando-me a mulher
Mais feliz do mundo.


(Paty Padilha)

Que seu domingo seja tranquilo e alegre!!