domingo, 10 de fevereiro de 2008

Os Dias de Verão


Os dias de verão vastos como um reino
Cintilantes de areia e maré lisa
Os quartos apuram seu fresco de penumbra
Irmão do lírio e da concha é nosso corpo

Tempo é de repouso e festa
O instante é completo como um fruto
Irmão do universo é nosso corpo

O destino torna-se próximo e legível
Enquanto no terraço fitamos o alto enigma familiar dos astros
Que em sua imóvel mobilidade nos conduzem

Como se em tudo aflorasse eternidade

Justa é a forma do nosso corpo
(Sophia de Mello Breyner Andresen)

Quando o viajante tinha dez anos, a mãe obrigou-o a fazer um curso de educação física.
Um dos exercícios era saltar de uma prancha para a água.
Ele morria de medo.
Ficava no último lugar da fila e sofria com cada menino que saltava à sua frente, porque em pouco tempo chegaria o momento de seu salto.
Um dia, o professor – vendo o seu medo – obrigou-o a ser o primeiro a saltar.
Teve o mesmo medo, mas este acabou tão depressa que passou a ter coragem.
*
Diz o mestre:
Muitas vezes temos que dar tempo ao tempo.

Outras vezes, temos de arregaçar as mangas e resolver a situação.

Neste caso, não existe coisa pior que adiar.
(Paulo Coelho)

Bom dia!


Se tu vens, por exemplo, às quatro da tarde, desde as três eu começarei a ser feliz.
Quanto mais a hora for chegando, mais eu me sentirei feliz.
Às quatro horas, então, estarei inquieta e agitada: descobrirei o preço da felicidade!
Mas se tu vens a qualquer momento, nunca saberei a hora de preparar o coração...
(Saint Exupéry)