Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sexta-feira, 6 de junho de 2008
Procriação
Quero-te na tua mais livre
profundidade
Palmilhando as minhas mais insensatas
superfícies
Como se eu fosse um prato raso
Com o ventre repleto de desejos tenros.
Quero-te na tua mais fraterna
lógica
Defendendo as minhas mais insensíveis
demências
Como se eu fosse uma rua estreita
Com o ventre repleto de paralelepípedos turvos.
Quero-te na tua mais igual
exatidão
Inventariando as minhas mais insanas
incoerências
Como se eu fosse um ponto cego
Com o ventre repleto de brotos ternos.
Quero-te, sobretudo, na tua mais pródiga
fecundidade
Alimentando as minhas mais inservíveis
esterilidades
Como se eu fosse tua filha bastarda
Com o ventre repleto de promessas toscas.
Oswaldo Antônio Begiato
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