Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
sexta-feira, 23 de maio de 2008
"Uma Palavra, Um Gesto..."
Não quiseste, - ou quem sabe? ... vacilaste na hora
em que esperei de ti uma palavra, um gesto...
- bastaria um olhar quando me fui embora,
um olhar... e eu feliz entenderia o resto...
Mas, não. Nem um olhar, num um vago protesto,
em um tremor na voz de quem sofre e não chora...
Ah! teria bastado uma palavra, um gesto,
para tudo, afinal, ser diferente agora...
Parti! levou-me a vida, ao léu, e redemoinho...
Hoje, volto, - e tu me olhas a falar de amor
e me entregas as mãos num gesto de carinho...
E evito teu olhar... E não me manifesto...
- É que, já não te posso dar, seja o que for,
nem mesmo uma palavra de esperança, um gesto...
(Soneto de JG de Araujo Jorge - coletânea -
"Meus Sonetos de Amor " 1a edição1961 )
Marcadores:
JG de Araujo Jorge
...hoje a fada do belo encanto, jura a si mesma:
"eu desisto, eu desisto de você, posso ser inocente,
mas sabedoria não me afugenta,
e antes de ser corroída por essa imensa areia movediça
que se tornou meu encanto por ti, eis a salvação:
O terreno onde pisei havia à algum tempo estudado,
e por mais que recusastes, do seu nectar em seu infinito deixei.
Quando o sentires, será tarde à prová-lo e a retomá-lo da dita eia flor.
Érica Morais
Não há, não,
duas folhas iguais em toda a criação.
Ou nervura a menos, ou célula a mais,
não há, de certeza, duas folhas iguais.
Limbo todas têm,
que é próprio das folhas;
pecíolo algumas;
bainha nem todas.
Umas são fendidas,
crenadas, lobadas,
inteiras, partidas,
singelas, dobradas
Outras acerosas,
redondas, agudas,
macias, viscosas,
fibrosas, carnudas.
Nas formas presentes,
nos actos distantes,
mesmo semelhantes
são sempre diferentes.
Umas vão e caem no charco cinzento,
e lançam apelos nas ondas que fazem;
outras vão e jazem
sem mais movimento.
Mas outras não jazem,
nem caem, nem gritam,
apenas volitam
nas dobras do vento.
É dessas que eu sou
António Gedeão
duas folhas iguais em toda a criação.
Ou nervura a menos, ou célula a mais,
não há, de certeza, duas folhas iguais.
Limbo todas têm,
que é próprio das folhas;
pecíolo algumas;
bainha nem todas.
Umas são fendidas,
crenadas, lobadas,
inteiras, partidas,
singelas, dobradas
Outras acerosas,
redondas, agudas,
macias, viscosas,
fibrosas, carnudas.
Nas formas presentes,
nos actos distantes,
mesmo semelhantes
são sempre diferentes.
Umas vão e caem no charco cinzento,
e lançam apelos nas ondas que fazem;
outras vão e jazem
sem mais movimento.
Mas outras não jazem,
nem caem, nem gritam,
apenas volitam
nas dobras do vento.
É dessas que eu sou
António Gedeão
Receita para curar a mágoa
Ingredientes:
Amor infinito
Um punhado de sorrisos
Um frasco de sonhos
Uma rodela de encanto
Um punhado de desejos
Um saquinho de docilidade
Uma fatia de bom humor
Uma pitada de sarcasmo
Uma gota de boa vontade
Modo de preparo:
Junte todos os ingredientes
Amasse com um abraço forte
E não deixe de provar
È preciso sentir o sabor
Deguste com fervor
Tempere se precisar
Não tenha pressa
Se delicie ao polvilhar
Neste ponto estará pronto
Para voltar a amar
Rendimento:
Infinitas porções
Recomendação final:
Unte teu coração com afeto,e jamais desista de sonhar.
Neguinha Mucelli
Assinar:
Postagens (Atom)