Vinicius
de Moraes (1913-1980) foi um poeta e compositor brasileiro. "Garota de
Ipanema", feita em parceria com Antonio Carlos Jobim, é um hino da música
popular brasileira. Foi também diplomata e dramaturgo.
Vinicius
de Morais (1913-1980) nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de outubro de 1913.
Filho de funcionário público e poeta Clodoaldo Pereira da Silva e da pianista
Lídia Cruz. Desde cedo, já mostrava interesse por poesia. Ingressou no colégio
jesuíta, Santo Inácio, onde fez os estudos secundários. Entrou para o coral da
igreja, onde desenvolveu suas habilidades musicais. Em 1929, iniciou o curso de
Direito da Faculdade Nacional do Rio de Janeiro.
Em 1933,
ano de sua formatura, publica "O Caminho Para a Distância".Não exerceu a advocacia. Trabalhou como censor
cinematográfico, até 1938, quando recebeu uma bolsa de estudos e foi para
Londres. Estudou inglês e literatura na Universidade de Oxford. Trabalhou na
BBC londrina até 1939.
Várias
experiência conjugais marcaram a vida de Vinicius. Casou-se nove vezes e teve
cinco filhos. Suas esposas foram, Beatriz Azevedo, Regina Pederneira, Lila
Bôscoli, Maria Lúcia Proença, Nellita de Abreu, Cristina Gurjão, Gesse Gessy,
Marta Rodrigues e a última Gilda Matoso.
Em 1943 é
aprovado no concurso para Diplomata. Vai para os Estados Unidos, onde assume o
posto de vice-cônsul em Los Angeles. Escreve o livro "Cinco Elegias".
Serviu sucessivamente em Paris, em 1953, em Montevidéu, e novamente em Paris,
em 1963. Volta para o Brasil em 1964. É aposentado compulsoriamente em 1968,
pelo Ato Institucional Número Cinco.
De volta
ao Brasil, dedica-se à poesia e à música popular brasileira. Fez parcerias
musicais com Toquinho, Tom Jobim, Baden Powell, João Gilberto, Francis Hime,
Carlos Lyra e Chico Buarque. Entre suas músicas destacam-se: "Garota de
Ipanema", "Gente Humilde", "Aquarela", "A
Casa", "Arrastão", "A Rosa de Hiroshima", "Berimbau",
"A Tonga da Mironga do Kaburetê", "Canto de Ossanha", "Insensatez",
"Eu Sei Que Vou Te Amar" e "Chega de Saudade".
Compôs a
trilha sonora do filme Orfeu Negro, que foi premiado com a Palma de Ouro no
Festival de Cinema de Cannes e o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro. Em 1961,
compõe Rancho das Flores, baseado no tema Jesus, Alegria dos Homens, de Johann
Sebastian Bach. Com Edu Lobo, ganha o Primeiro Festival Nacional de Música
Popular Brasileira, com a música "Arrastão".
A parceria
com o músico Toquinho foi considerada a mais produtiva. Rendeu músicas importantes
como "Aquarela", "A Casa", "As Cores de Abril",
"Testamento", "Maria Vai com as Outras", "Morena
Flor", "A Rosa Desfolhada", "Para Viver Um Grande
Amor" e "Regra Três".
É preciso
destacar também sua participação em shows e gravações com cantores e compositores
importantes como Chico Buarque de Holanda, Elis Regina, Dorival Caymmi, Maria
Creuza, Miúcha e Maria Bethânia. O Álbum Arca de Noé foi lançado em 1980 e teve
vários intérpretes, cantando músicas de cunho infantil. Esse Álbum originou um
especial para a televisão.
A produção
poética de Vinícius passou por duas fases. A primeira é carregada de misticismo
e profundamente cristã, como expressa em "O Caminho para a Distância"
e em "Forma e Exegese". A segunda fase, vai ao encontro do cotidiano,
e nela se ressalta a figura feminina e o amor, como em "Ariana, A
Mulher".
Vinícius
também se inclina para os grandes temas sociais do seu tempo. O carro chefe é
"A Rosa de Hiroshima". A parábola "O Operário em
Construção" alinha-se entre os maiores poemas de denúncia da literatura
nacional: Pensem na crianças/Mudas telepáticas/Pensem nas mulheres/Rotas
alteradas/Pensem nas feridas /Como rosas cálidas.
Marcus
Vinícius de Mello Moraes morreu no Rio de Janeiro, no dia 09 de julho de 1980,
devido a problemas decorrentes de isquemia cerebral.
Obra de Vinícius de Moraes
O Caminho Para a Distância, poesia,
1933
Forma e Exegese poesia, 1936
Novos Poemas, poesia, 1938
Cinco Elegias, poesia, 1943
Poemas, Sonetos e Baladas, poesia,
1946
Pátria Minha, poesia, 1949
Orfeu da Conceição, teatro, em
versos, 1954
Livro de Sonetos, poesia, 1956
Pobre Menina Rica, teatro, comédia
musicada, 1962
O Mergulhador, poesia, 1965
Cordélia e O Peregrino, tearo, em
versos, 1965
A Arca de Noé, poesia, 1970
Chacina de Barros Filho, teatro,
drama
O Dever e o Haver
Para Uma Menina com uma Flor, poesia
Para Viver um Grande Amor, poesia
Ariana, a Mulher, poesia
Antologia Poética