quinta-feira, 15 de novembro de 2007

Como Fada Voarei


Como Fada Voarei...

Como Fada me consagrei,
irei ao teu encontro, Anjo Meu.
Estarei nos céus, a tua procura,
para poder me embalar em tuas asas.

Irei com o destino para te ver,
pelo caminho das estrelas do meu infinito,
para buscar nossas almas, para o
encontro de nossa Paz.

Brilharemos, como Sol dourado.
E com um Arco-Íris, bebendo água no riacho,
sentaremos e ficaremos unidos,
contemplando toda essa beleza.

E ao findar este encontro, voltaremos
para o nosso Céu, a procura do nosso
grande despertar, junto de nossas
estrelas cintilantes.
Eu como Fada,
você como Anjo...
(Maria Anjinha)

Fada








Se eu pudesse seria
Fada só por um dia,
para tornar este mundo
celeiro de amor profundo.
(Maria Hilda de Jesus Alão)

Amor amor


quando o mar
quando o mar tem mais segredo
não é quando ele se agita
nem é quando é tempestade
nem é quando é ventania
quando o mar tem mais segredo
é quando é calmaria

quando o amor
quando o amor tem mais perigo
não é quando ele se arrisca
nem é quando ele se ausenta
nem quando eu me desespero
quando o amor tem mais perigo
é quando ele é sincero
(Sueli Costa e Cacaso)

O sopro


Em meus sonhos
Perduram meus desejos
E o gosto derradeiro
Da fruta pega
Ao pé de sua àrvore...
Minha infância,
De pequenas alegrias
Deixaram marca viva;
Pena foi esse
Meu sopro nos cata-ventos
Que fizeram o meu tempo
(Em redemoinhos
De sentimentos)
Passar...
(Cáh Morandi)

Meus Medos


Tenho medo,
Muito medo...
De acordar numa manhã qualquer
E não ter um dos meus filhos
Para dizer bom dia!
Medo!
Que as drogas possam fasciná-los,
De morrer, antes que os tenha criado.

Tenho medo,
Muito medo...
Da violência,
Que tantas vidas têm apagado.
Medo...
De chorar o pranto
Que muitas mães têm derramado
Por terem seus filhos,
Cruelmente, assassinados.

Tenho medo,
Muito medo...
De não acordar numa manhã qualquer
E ainda, não ter dito a todas as pessoas
O quanto eu as AMO!
O quanto são importantes para mim.
Mas, o maior de todos os meus medos...
É o medo...
Que o sonho da PAZ chegue ao fim.
(Sirlei L. Passolongo)

A beleza infinita
Nada se compara
Gera o amor
E com você não há dor
Limitações não existem
Amor simplesmente amor...

O que eu posso dizer
Se com você não sei o que é sofrer
Se contigo a vida é mais bela
Contigo quero apenas viver.

Ah doce amor
Como viver sem você
Diante de você
Quero a felicidade
Diante de você
Tenho a felicidade...
(Hugo Gonçalves Costa)

O Beijo De Uma Fada


O beijo de uma Fada é encantado
deixa apaixonado a quem dele prova,
é uma mistura de sensualidade
carinho e suavidade, um beijo de magia,
é como música romântica
na qual deixa os pensamentos livres,
e fazem voar acima das nuvens
de braços abertos sentindo a liberdade,
o beijo de uma fada é puro e especial
tem sabor de maça fresquinha,
perfume de rosa em botão
cura tristezas e incertezas,
e coloca amor no seu coração.
Mas para prová-lo procure-a
por entre as flores mais belas,
feche os olhos e deixe-se envolver
o beijo de uma Fada, é reviver.
(Patricia Essinger)

horizonte


te escuto a me chamar
o vento nos cabelos

diante do horizonte
aos pés do mar
o olhar cansado demora
longe
sobre tua imagem amada
– um aposento
que não tive coragem de habitar
(Adelaide Amorim)

Recomeça...


Recomeça...
Se puderes,
Sem angústia e sem pressa.
E os passos que deres,
Nesse caminho duro do futuro,
Dá-os em liberdade.
Enquanto não alcances
Não descanses.
De nenhum fruto queiras só metade.

E, nunca saciado,
Vai colhendo
Ilusões sucessivas no pomar
Sempre a sonhar
E vendo,
Acordado,
O logro da aventura.
És homem, não te esqueças!
Só é tua loucura
Onde, com lucidez, te reconheças.
(Miguel Torga - Diário XIII)

Instante


Que seja apenas por um instante,
mas que seja breve e intenso este instante.
Sem regras, a não ser as ilógicas da paixão.
Sem lucidez, mas consciente dessa falta de lucidez.
Sem remorsos, anterior a todo pecado.

Que seja mágico, tenso e profundo
este instante entre os seus braços:
um açoite - luz do sol na vista;
um impulso - salto no abismo infinito;
um momento levitando na memória.
Mas que não dure mais que um instante.

Vem, e me faz esquecer.
(Alexandre Inagaki)

Ausência


Falta-me
O norte
Uma estrela
O caminho
Faltam-me os olhos
Com que me olhe
Falta-me a razão
De saber razões
Falta-me o instante
A mão que rasgue
semeie
Falta-me o quê?
(Angela Santos)

Fama


Nosso caso de amor pode gerar rumores
mudar o tom do nosso humor
como o som do liquidificador
interferindo em nosso som
e nós que vivemos em contradição
um pouco de culpa, um muito de tesão
talvez temamos essa interferência
talvez isso desate o nosso laço
os dois em xeque e talvez mate
ou torne escasso...
o que nos parecia excesso
talvez vire o nosso amor do avesso
e essa intimidade acabe
please please
não conte para ninguém o que você sabe.
(Bruna Lombardi)

Ninguém tem o poder de determinar o que vou pensar de mim mesmo.
(Nathaniel Branden)

da saudade


Há sempre alguma saudade escondida em meus armários,
embrulhada em roupas envelhecidas pela dor invisível de um não sei o quê...
Passeia pelo quarto minguante de todas minhas luas,
imutável,
o transparente,
se insinua...
Impossível brilho de olhares nunca dantes cruzados...
toque não dado,
beijo não roubado
e há ainda saudades de desejos guardados em baús azulados,
de luzes brilhantes ,
sou viajante...
Em meus porões internos,
camuflados desejos
e muitas vezes bebidos em cálices dos mais puros licores e vinhos,
em algum tempo perdido,
sem fim,
em dimensões tão presentes,
em adegas de mim...
Doce maldade,
borbulhas inteira em meus poros,
se incendeia,
me chantageia
e novamente se faz...
em curvas incandescentes da mais pura saudade...
(cida sousa)

Contra-mão


Um homem me espera amanhã.
Tem saudade do que não conhece
E diz gostar do que viu apenas uma vez.
Ele fixa-se na minha risada,
Perde-se na minha voz,
Precisa me encontrar:
Qualquer hora, por um momento...
Quer saber do meu pensamento,
De algum lugar no meu coração,
Do que estou vivendo...
Constrange meu espírito aflito
Que ainda não consegue divisar o desconhecido
E perde-se sem se entender.
Um homem me espera em cada esquina,
Comprime meu jeito espontâneo,
Não me deixa viver.
Vê uma beleza que não é minha,
Aposta num sonho que não posso realizar,
Me quer para sua vida
Quando sabe que não me terá.
Um homem me espera em algum lugar...
Traz na pele os meus segredos,
Conhece a idade da minha dor,
Enxerga minha alma negra:
Sabe o que se esconde por trás

De olhos brilhantes.
Bebe da água que verto,
E apenas sorri:
Entende que o riso desperta
Minha sensibilidade esquecida.
Esse, que não consegue me encontrar,
é o mesmo que vivo a buscar...
(Debora Böttcher)

Despedida


Andei pelo caminho - perdida
Tropecei em pedras - ferida
Enfrentei o mundo - atrevida
Acreditei em verdades - traída
Perdi meu rosto – bandida
Não suporto mais!
Cansaço, lágrima caída
Chegada a hora - partida
Despedida
Saída
Só ida
(não há porque dizer adeus)
(Lu Oliveira)

Sagitário


(de 22 de novembro a 21 de dezembro)
As mulheres sagitarianas
São abnegadas e bacanas
Mas não lhe venham com grossuras
Nem injustiças ou censuras
Porque ela custa mas se esquenta
E pode ser muito violenta.
Aí, o homem que se cuide...
- Também, quem gosta de censura!
(Vinicius de Moraes)

Clarice Lispector


Clarice Lispector (ucraniano: Кларісе Ліспектор) (Tchetchelnik, 10 de dezembro de 1920 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977) foi uma escritora brasileira nascida na Ucrânia.

De família judaica, emigrou com a família para o Brasil quando tinha um pouco mais de um ano de idade. Começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade do Recife. Clarice falava vários idiomas, entre eles o francês e inglês. Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno familiar, o iídiche.


Obra literária
Em 1944 publicou seu primeiro romance, Perto do coração selvagem.
A literatura brasileira era nesta altura dominada por uma tendência essencialmente regionalista, com personagens contando a difícil realidade social do país na época. Clarice Lispector surpreendeu a crítica com seu romance, quer pela problemática de caráter existencial, completamente inovadora, quer pelo estilo solto elíptico, e fragmentário, que críticos reputaram reminiscente de James Joyce e Virginia Woolf, se bem que ainda mais revolucionário.

Em verdade, a obra de Clarice ultrapassou qualquer tentativa de classificação. A escritora e filósofa francesa Hélène Cixous vai ao ponto de dizer que há uma literatura brasileira A.C. (Antes da Clarice) e D.C. (Depois da Clarice).
Seu romance mais famoso talvez seja A hora da estrela, o último publicado antes de sua morte. Este livro narra a vida de Macabéa, uma nordestina criada no estado de Alagoas que migra para o Rio de Janeiro, e vai morar em uma pensão, tendo sua vida descrita por um escritor fictício chamado Rodrigo S.M.
Faleceu de câncer (cancro) em 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57º aniversário. Foi inumada no Cemitério Israelita do Cajú, no Rio de Janeiro.



Dá-me a tua mão

Dá-me a tua mão:
Vou agora te contar
como entrei no inexpressivo
que sempre foi a minha busca cega e secreta.

De como entrei
naquilo que existe entre o número um e o número dois,
de como vi a linha de mistério e fogo,
e que é linha sub-reptícia.

Entre duas notas de música existe uma nota,
entre dois fatos existe um fato,
entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam
existe um intervalo de espaço,
existe um sentir que é entre o sentir
- nos interstícios da matéria primordial
está a linha de mistério e fogo
que é a respiração do mundo,
e a respiração contínua do mundo
é aquilo que ouvimos
e chamamos de silêncio.



A perfeição

O que me tranqüiliza
é que tudo o que existe,
existe com uma precisão absoluta.

O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete
não transborda nem uma fração de milímetro
além do tamanho de uma cabeça de alfinete.

Tudo o que existe é de uma grande exatidão.
Pena é que a maior parte do que existe
com essa exatidão
nos é tecnicamente invisível.

O bom é que a verdade chega a nós
como um sentido secreto das coisas.

Nós terminamos adivinhando, confusos,
a perfeição.



Hummmmm

As mãos


Com mãos se faz a paz se faz a guerra.
Com mãos tudo se faz e se desfaz.
Com mãos se faz o poema – e são de terra.
Com mãos se faz a guerra – e são a paz.

Com mãos se rasga o mar. Com mãos se lavra.
Não são de pedras estas casas mas
de mãos. E estão no fruto e na palavra
as mãos que são o canto e são as armas.

E cravam-se no Tempo como farpas
as mãos que vês nas coisas transformadas.
Folhas que vão no vento: verdes harpas.

De mãos é cada flor cada cidade.
Ninguém pode vencer estas espadas:
nas tuas mãos começa a liberdade.
(Manuel Alegre)

A Proclamação da República















Em 15 de novembro de 1889, foi proclamada a república pelo Marechal Manuel Deodoro da Fonseca, instaurando-se no País um novo sistema de Governo, que pôs término ao período do Brasil Imperial. Um movimento desencadeado a partir das campanhas republicana e abolicinonista entre as camadas urbanas, os fazendeiros paulistas e o exército - a partir de 1870 e o lançamento do Manifesto Republicano, que defendia um regime presidencialista, representativo e descentralizador - precipitou o golpe militar que proclamou a República.

Quando a República foi proclamada?
A República do Brasil foi proclamada 15 de novembro de 1889. A data marcou o fim da monarquia brasileira. Um governo provisório foi estabelecido. No mesmo dia 15, o decreto número um, redigido por Rui Barbosa, anunciava a escolha da forma de República Federativa, com as antigas províncias constituindo, juntamente com a federação, os Estados Unidos do Brasil.

Quem proclamou a República?
A República do Brasil foi proclamada pelo marechal Deodoro da Fonseca (foto ao lado). No dia 15 de novembro, o marechal entrou no Quartel-General do Exército (hoje Palácio Duque de Caxias, sede do Comando Militar do Leste, no Rio de Janeiro), montado num cavalo, e terminou com o último Gabinete da Monarquia, que se encontrava em reunião naquele local.

Como se deu a proclamação da República?
O estabelecimento da República no Brasil não teve uma participação popular. A conspiração que derrubou a monarquia ficou restrita a poucos republicanos. Entre eles estavam Rui Barbosa, deputado e jornalista, Aristides Lobo e Quintino Bocaiúva, as maiores lideranças republicanas do Rio de Janeiro, Francisco Glicério, proeminente chefe do Partido Republicano Paulista, e Benjamim Constant, estadista, militar e professor.

Benjamim Constant começou a conspirar para a derrubada da monarquia no início de novembro de 1889. No dia 11 do mesmo mês, Rui Barbosa, Aristides Lobo, Benjamim Constant e Quintino Bocaiúva, entre outros, conseguiram a adesão do Marechal Deodoro da Fonseca, figura de maior prestígio do Exército que relutara em participar do movimento devido à sua amizade com o imperador. Eles decidiram que o golpe seria efetuado no dia 20 de novembro.

Diversos boatos foram espalhados pelos jovens oficiais, entre os quais o Major Sólon Ribeiro. Circulava a notícia que o governo tinha ordenado a prisão dos envolvidos, em especial Deodoro e Benjamim Constant, transferido batalhões para as províncias e, até mesmo, extinto o Exército, substituindo-o pela Guarda Nacional. Essas especulações provocaram uma reação imediata.

Na manhã de 15 de novembro de 1889, Deodoro, à frente de um batalhão, marchou para o Ministério da Guerra, depondo o Gabinete de Ouro Preto. Não houve resistência. Os revoltosos conseguiram a adesão das tropas governistas. Deodoro, que estava doente, retirou-se para a sua residência e os militares voltaram aos quartéis. Alguns republicanos, entre os quais José do Patrocínio, preocupados com a indefinição do movimento, dirigiram-se à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, proclamando a República. Patrocínio intitulou-se "proclamador civil da República".

Quais os fatos que levaram à proclamação?
Existia um descompasso entre a monarquia escravista e uma boa parcela da oficialidade jovem do Exército, abolicionista e republicana. Este abismo não foi solucionado com a abolição da escravidão, em 13 de maio do mesmo ano. A propaganda republicana também se tornava mais intensa através da imprensa e de comícios buscando a adesão da população. As críticas contundentes aos membros da família imperial, em especial ao "decrépito" imperador Pedro II, visavam evitar o estabelecimento de um Terceiro Reinado, sob a égide da Princesa Isabel e do Conde d'Eu, seu marido de nacionalidade francesa. Criticava-se o Poder Moderador, a vitaliciedade do Senado, a ausência de liberdade religiosa e a inexistência de autonomia das províncias. Enfim, desejava-se uma descentralização administrativa e política. O estabelecimento do último Gabinete do Império, liderado pelo liberal Visconde de Ouro Preto, em junho de 1889, foi uma tentativa de implementar as reformas reivindicadas pelos setores oposicionistas, porém sem sucesso.

O Governo Provisório
Derrubada a Monarquia, instalou-se um Governo Provisório, presidido por Deodoro da Fonseca, com três funções básicas: consolidar o novo regime, institucionalizá-lo com aprovação de uma constituição e executar as reformas administrativas que se faziam necessárias.

Sem Remédio...


Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.

E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou
O que de bom me deu Nosso Senhor!
Se eu nem sei por onde ando e onde vou!!

Sinto os passos de Dor, essa cadência
Que é já tortura infinda, que é demência!
Que é já vontade doida de gritar!

E é sempre a mesma mágoa, o mesmo tédio,
A mesma angústia funda, sem remédio,
Andando atrás de mim, sem me largar!
(Florbela Espanca)

Uma mulher de Verdade


Uma mulher de verdade não precisa de asas, nem combustível.
Para chegar onde quer, ela sobe alto, caminha longe.
Vai ao lugar mais impossível
Não vai amanhã, ela vai hoje.

Uma mulher de verdade não precisa de roupas belas
Não usa máscaras para fingir o que não é e agradar
Ela encanta pela sua essência, sorriso e olhar.
Ela chama atenção porque ela é dela!

Uma mulher de verdade se junta para compartilhar.
Não se anula, não sufoca, não duvida.
Ela sabe amar, doar.
Sabe viver a sua vida.

Uma mulher de verdade se conhece e se permite
Ela ousa, arrisca, ama e se apaixona sem limite
Fala de amor com seu amado
Mostra seus desejos ao eleito de seu lado.

Uma mulher de verdade é uma mulher comum
Ela confia na sua intuição e a segue.
É uma sacerdotisa da lua e
celebra as pequenas coisas de uma forma incomum.

Ela cozinha, fala com os animais e molha suas plantas.
Põe a mão de seu amado entre as suas
E mostra a ele suas curvas e ancas
Mostra seu inferno, o paraíso e todas suas ruas.

Uma mulher de verdade se refaz todo dia.
Embora se refugie dentro de sua boca comprimidos,
o silêncio, seco, sexo, saliva e sofrimento de Maria
Ela renasce Deusa num mundo de reprimidos... todo dia!


(Carolina Salcides)



Há mel nos seus olhos quando você não está raivoso.
Há um brilho de sol no seu rosto quando sua mente está pura.
Plumas nas suas mãos quando você toca sem pegar.
Há pétalas nos seus pés quando caminha com alegria.
Há música na sua voz quando você sorri, e há luar em suas noites quando você é livre.
(Thich Nhat Hanh)

"A gente nasce e morre só.
E talvez por isso mesmo é que se precisa
tanto de viver acompanhado."
(Raquel de Queiroz)

Verdades


Roubo do hoje a força
Fazendo nascer o amanhã.
Da janela acompanho com olhar
As nuvens do céu.
De novo a sombra sinistra
Tolda tristemente meus sonhos.

Tua imagem me acompanha
Por todos os lugares por onde ando.
E em todos os momentos
É a tua presença que espanta
As brumas do desconhecido.

Não faço perguntas.
Tenho medo das respostas que já sei.
Liberta do invólucro físico
Devolverei a matéria ao pó de que fora feito.

Vivi meus três caminhos na terra.
Purgatório. Inferno. Céu.
Tudo de acordo com meus projetos,
Minhas atitudes,
Procurando não reincidir nos mesmos erros.

Agora - vago e espero
Entre ápodos e flagelos
O ressurgir da verdade
(Tagore)

Amar é permitir sempre, amar é deixar que o outro vá... ou que fique, se assim o desejar.
Amar é ter um respeito absoluto pela própria liberdade, e pela liberdade do outro.
Amar é ter total delicadeza nas perguntas e respostas. Amar é não sufocar o outro com excesso de presença.
Amar é compreender sempre.
E isso não significa apenas entendimento racional, vai além, muito além:
amar é reconhecer afetuosamente o direito que o outro tem de fazer suas escolhas.
(Edson Marques)

De longe


Te hei de amar,
- da tranqüila distância
em que o amor é saudade
e o desejo, constância.

Do divino lugar
onde o bem da existência
é ser eternidade
e parecer ausência.

Quem precisa explicar
o momento e a fragrância
da Rosa, que persuade
sem nenhuma arrogância?

E, no fundo do mar,
a Estrela, sem violência,
cumpre a sua verdade
alheia a transparência.
(In:"Canções", 1956 - Cecilia Meireles)

Conhecer alguém aqui e ali
que pensa e sente como nós,
e que embora distante,
está perto em espírito,
eis o que faz da Terra
um jardim habitado.
(Goethe)

Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi Tudo.

Mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo.
(Martin Luther King)

E ela pedia só mais dez minutos.
E ele a negava a eternidade

Mas ela insistia por mais um instante
E ele não estava mais por perto

Abrace o vento, minha menina, e aonde ele for siga
Que para viver é preciso mudar.
(Liber Moreira)

"A palavra sanscrita que designa atençao plena, smriti, significa "lembrar-se". A atençao plena consiste em lembrar-se constantemente de voltar ao momento presente. O ideograma chines para a atençao plena tem duas partes: a parte superior significa "agora" e a parte inferior "mente" ou "coraçao". O primeiro milagre da atençao plena e estar presente e ser capax de entrar em contato profundo com o ceu azul, a flor ou o sorriso de nosso filho."
(Thich Nhat Hanh)

Namaste,


"Paciência e persistência são alicerces importantes em sua caminhada.
Ninguém chega ao alvo por grandes saltos, são os pequenos passos
que precisam ser dados para construir lentamente, no interior,
todas as experiências de suas vidas onde a paciência e a persistência serão aplicadas.
Enganos ocasionais não faltarão, mas estes devem aumentar a força interior
e impulsioná-los a fazerem uma nova tentativa de seguirem decididamente o seu caminho".
(Mestre Kuthumi)

Que sabes do fim?


Goza a euforia do anjo perdido em ti.
Não indague se nossas estradas, tempo e vento, desabam no abismo.
Que sabes tu do fim?
Se temes que teu mistério seja uma noite, enche-o de estrelas...

No deslumbramento da ascensão,
se pressentires que amanhã estarás mudo,
esgota como um pássaro, as canções que tens na garganta.
Canta, canta...

Talvez as canções adormeçam as feras
que esperam devorar o pássaro.
Desde que nasceste não és mais que um vôo,
no tempo, rumo ao céu?
Que importa a rota!
Voa e canta enquanto resistirem as asas...
(Menotti del Pichia)

Não digas onde acaba o dia.
Onde começa a noite.
Não fales palavras vãs.
As palavras do mundo.
Não digas onde começa a Terra,
Onde termina o céu.
Não digas até onde és tu.
Não digas desde onde é Deus.
Não fales palavras vãs.
Desfaze te da vaidade triste de falar.
Pensa, completamente silencioso.
Até a glória de ficar silencioso,
Sem pensar.
(Cântico III - Cecília Meireles)