quinta-feira, 15 de novembro de 2007

da saudade


Há sempre alguma saudade escondida em meus armários,
embrulhada em roupas envelhecidas pela dor invisível de um não sei o quê...
Passeia pelo quarto minguante de todas minhas luas,
imutável,
o transparente,
se insinua...
Impossível brilho de olhares nunca dantes cruzados...
toque não dado,
beijo não roubado
e há ainda saudades de desejos guardados em baús azulados,
de luzes brilhantes ,
sou viajante...
Em meus porões internos,
camuflados desejos
e muitas vezes bebidos em cálices dos mais puros licores e vinhos,
em algum tempo perdido,
sem fim,
em dimensões tão presentes,
em adegas de mim...
Doce maldade,
borbulhas inteira em meus poros,
se incendeia,
me chantageia
e novamente se faz...
em curvas incandescentes da mais pura saudade...
(cida sousa)

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