quinta-feira, 12 de março de 2009

Sagitário



O Sagitário surge como uma reação ao escorpião, exigindo de volta sua independência. Nesse estágio a importância da continuidade do seu próprio desenvolvimento é maior do que a manutenção do pacto realizado em escorpião. Se este pacto transforma-se em algo nocivo, se tolhe a liberdade e impede a expressão livre da vontade, ele precisa ser quebrado. Deixamos de ver o outro como ameaça porque passamos a confiar nele, automaticamente passamos a confiar em todos e nos tornamos despidos de todas as muralhas que impediam os outros de nos conhecer da maneira como somos, e descobrimos que exibindo a verdade daquilo que somos não corremos mais riscos.

Em sagitário nós nos autorizamos a seguir nosso próprio caminho e perdemos o medo do que o outro poderia fazer com o que ele sabe a respeito da nossa intimidade: Em sagitário já não existem mais segredos, nesse estágio somos livros abertos, despidos de armaduras , generosos e dispostos a oferecer tudo o que temos, sabemos e adquirimos em troca de tudo o que o mundo tem a oferecer. Aqui se busca o máximo desenvolvimento, é o estágio da superabundância, da fé e do otimismo. A expansão ocorre de modo desenfreado, rumo ao infinito, vamos em todas as direções explorando tudo e todos, mas ao mesmo tempo ensinando tudo o que sabemos e oferecendo um pouco de tudo o que temos.

E assim vai seguindo o sagitário, rumo ao infinito, ao desconhecido, a um lugar que ele não tem a mínima ideia de como é, mas ele tem uma certeza: certamente “lá” é melhor do que aqui. Alimentando essa esperança o sagitário segue, सेम्प्रे, sempre se expandindo, absorvendo e emitindo sem controle e sem censura. Sagitário é também o estágio do excessivo, do exagero, do quantitativo em detrimento do qualitativo. As expectativas de sagitário são irreais, mas ele não se importa. Neste estágio, a única preocupação é o seguir em frente, rumo ao topo que se aproxima. Este é estágio do “estamos quase chegando”, é o frio na barriga da proximidade do desfecho. Mal sabe o sagitário o que lhe aguarda após o topo. Ele ainda não consegue ver, mas todo topo é uma ilusão, o ápice é infinitamente transitório: após o auge, a única coisa que resta é a queda. Quando sagitário chega no topo e toma ciência da realidade, quando se da conta da existência de limites, definitivamente ele já não é mais sagitário, tornou-se Capricórnio ..."

By Elias Mendes