Viver pra fora é voar,
mergulhar tenro e macio,
espreguiçar no teu cio
um toque buscando vãos,
como esvoaçar de ninfetas
e dança de borboletas.
Viver pra dentro é voltar,
ao começo num tropeço,
mergulhar vermelho em ti mesmo,
vestir-te de ti pelo avesso,
arrancando espinho a esmo,
pisando com todo peso
os calos do coração
(Elane Tomich)
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