terça-feira, 6 de novembro de 2007

Cárcere das almas


Ah! Toda a alma num cárcere anda presa,
soluçando nas trevas, entre as grades
do calabouço, olhando imensidades,
mares, estrelas, tardes, natureza.

Tudo se veste de uma igual grandeza
quando a alma entre grilhões as liberdades
sonha e, sonhando, as imortalidades
rasga no etéreo Espaço da Pureza.

O almas presas, mudas e fechadas
nas prisões colossais e abandonadas,
da Dor no calabouço, atroz, funéreo!

Nesses silêncios solitários, graves,
que chaveiro do Céu possui as chaves
para abrir-vos as portas do Mistério?!
(Cruz e Souza)

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