quarta-feira, 28 de novembro de 2007


Nos porões
Da alma
Se esconde
A eternidade
Na superfície
Apenas
Os artifícios
Do tempo
Que no seu ofício
De passar
Nos asfixia
Tentando tirar a poesia
Embaçando o olhar
Mas a alma
Que olha por trás da vidraça
É cristalina
E limpa a retina
Insiste em iluminar
Vem de muito longe
De outras vidas
Atravessando pontes
No bonde chamado destino
Buscando saídas
Não envelhece nunca
Sempre se refaz
E como uma mandala
Não termina jamais...
(Raiblue)

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