domingo, 17 de fevereiro de 2008

A flor que és



A flor que és, não a que dás, eu quero.

Porque me negas o que te não peço.

Tempo há para negares

Depois de teres dado.

Flor, sê-me flor! Se te colher avaro

A mão da infausta esfinge, tu perere

Sombra errarás absurda,

Buscando o que não deste.
(Ricardo Reis)