quarta-feira, 26 de março de 2008

A Balada da Chuva


E o sol,
Anseio profundo
Para o mundo,
Mesmo em passo de pobre caracol,
Destronou a loucura do vento
E o tormento
De uma chuva maléfica,
Sem poema,
Sem diadema,
Sem oração!

Folheio
Cheio
De são lirismo
E tristura
Os longos dias transactos,
Onde o fel dos desacatos
Imperou!...

Percorro os horários,
E os calendários
Do tempo cansado,
Frio,
Que trouxe, em detestável calafrio,
O verso medonho,
Sem sonho,
De um pungir magoado...

Na minha agenda,
Já vem a luz
Que conduz
Ao verso longo,
Infinito,
Com sabor a redenção!

E o sol nasceu,
Na balada da chuva,
Na quimera do vento...

E o sol venceu...
E a chuva emudeceu...
Paragem no lamento!
(Von Breysks)