terça-feira, 1 de abril de 2008


A nenhum outro lugar pertenço, em nenhum outro braço, a nenhum outro corpo.
Estranharia todas as mãos que não as tuas, mesmo que em outras só te buscasse.
Esculpi uma de mim pelos contornos que me deste e meus limites,
minhas divisas, agora são todos com o teu território.
Seria uma estrangeira em mim mesma se não pudesse
fazer pra sempre do teu corpo o meu último refúgio
e já não saberia andar para trás e refazer os dias sem a tua trilha,
sem as estrelas que me puseste nos olhos,
num outro tempo que não o tempo que fizemos nosso,
tão maior, onde cabem nossos momentos esquecidos
e as memórias do que ainda seremos.
(Patrícia Antoniete)