quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Primavera...preço da poda.


Pudera a forração do chão, de energia esparramada,
trazer da alma deserta, do infinito prometido
uma trilha de sol iluminada...
de estrelas pulverizada...
O vento tem me dito,
num misto de desordem,
promessas ao ouvido,
entremeado de pingos,
chuvas esperançosas... de teimosas,
cochicham sonhos podados,
murmúrios desiludidos...
Tudo junto...sombra permeia o fecundo
reluta o luto, a luz...pra não abortar...
E se aborta, estranho ar...
meio desconfiando...
Do azul do céu, nunca da fé...
da magia, da poesia, do perfume,
intuído renovar...
Percepção do ir-real?
Tudo fora do lugar,
caótico sonda mistérios,
o novo por recriar...
Quero ver a brotação, verde explosão...
abarcando silêncios que falem
do eterno, ecos lilazes, róseos, amarelos,
floração em brancas pazes,
se espalhando...
Que seja ressurreição!
Esperança é primavera,
bonança no coração...

Gaiô.

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