terça-feira, 22 de junho de 2010

Quando


Quando tudo for eterno:
O dia, com suas fontes inaudíveis;
O amor, com seu canto de ave ausente;
A dor, com seus violinos sufocados.

O azul, com seus silêncios inefáveis;
A luz , com sua oculta melodia;
A noite, com suas lâmpadas de lágrimas.

A água, com seu ofego de esperança;
As flores, com seus líquidos suspiros;
As nuvens, com seus vôos de asas frágeis.

Quando tudo for eterno.
Aí, sim, então começarei a morrer.


Alphonsus G. Filho

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