Entre Fadas e Borboletas circulamos. Neste movimento transitório, inalterável, percorremos. Entre mistérios e paraísos lilases equilibramos. Entre matizes rosas e azuis voamos. E nos canteiros perfumados cultivamos. As flores mais lindas colhemos. Rosas vermelhas ou brancas exalamos. E nas manhãs de verão, nos amamos. (Paty Padilha)
terça-feira, 30 de outubro de 2007
Eu, duplo de mim
De manhã escureço
à noite clareio,
de manhã, choro
à noite namoro...
Quando amanhece sofro,
Quando anoitece gozo
Quando é dia morro,
Quando é noite a cordo...
Eu paradoxo de mim,
eu antítese de novo...
busco a compreensão sem fim
nesse conflito de povo.
Polvo...tentáculos me aprisionam,
eu luto e me liberto
o sistema é um sonho
gosto mesmo é de sexo.
Por isso me emociono
amo a descoberto,
não me escondo,
desnudo-me no deserto...
sou anjo, alma pregressa,
rude, rubra...em aberto,
busco a compreensão do homem certo,
para aquietar a carne...me aperto...
sou virgem, sou mulher,
anjo, demônio
noite e dia,
e o Equinócio da Primavera...
Sou flor, mar, pélago,
minha busca é incessante...
deixe que eu me descante...
E acabe em poesia...
(Margaret Pelicano)
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