quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Minueto


Sinto por ti tanto amor que pensei nos teus olhos límpidos
e nas tuas palavras sempre novas.
O vento nada trouxe: nunca estivemos juntos, como sonhei,
e tornei a viver contigo o sonho que não passa.
Não passa, não passa...

Houve uma noite em que sonhei contigo
e senti tua voz aguda de menina minúscula.
Moro, desde então, no vazio desamparado
que o amor sem esperança desprotege
e o ar e as águas só me lembram do desvalimento de tua ausência,
enfim, sempre presente.

Coitado de quem pôs sua esperança
nas praias dentro do mundo...
- Os mares fogem, turvam-se as águas,
e te amo, com amor primeiro, matutino,
desde a infância triste, natimuda,
Vária, amorfa, de ti sempre pendente.
(Gregor Mencken)

Nenhum comentário: