quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Acalma-te, coração!


Acalma-te, coração, e não te deixes perturbar.
Silencia, minha boca, e não emitas som algum.
Espera, sentimento meu, e não te deixes molestar
pelo medo ou pela ansiedade.
A madrugada espia as estrelas quando a noite atinge
o apogeu, e o grão, que se arrebenta no solo,
transforma-se em vida.
Ama o tempo. As crianças crescem.
Os rios se movimentam. As nuvens correm pelo ar.
Assim também, as dádivas chegarão aos teus desejos
tranqüilos, no momento próprio.
(Rabindranath Tagore)