quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008


De tudo ao meu amor serei atento... Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto... Que mesmo em face do maior encanto... Dele se encante mais meu pensamento... Quero vivê-lo em cada vão momento... E em seu louvor hei de espalhar meu canto... E rir meu riso e derramar meu pranto... Ao seu pesar ou seu contentamento... E assim, quando mais tarde me procure... Quem sabe a morte, angústia de quem vive... Quem sabe a solidão, fim de quem ama... Eu possa me dizer do amor(que tive: Que não seja imortal, posto que é chama... Mas que seja infinito enquanto dure.
(Vinicius de Moraes)