segunda-feira, 10 de março de 2008


Lembrei do moço que me ensinou beijos,
e, batendo a massa,
preparando o recheio,
untando a fôrma,
lambendo o dedo sujo de calda,
notei que rocamboles e amores são a mesma coisa.

Ambos necessitam de doses iguais de atenção e doçura.
Além de uma certa parcimônia de fogo alto.
Quando dá certo, a massa é fofa e fina,
o recheio úmido, mas não molhado.

Como pétalas de rosas ao acordar.
(Cristiane Lisbôa)

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