sábado, 22 de março de 2008


No tempo em que éramos felizes não chovia.
levantávamo-nos juntos, abraçados ao sol.
As manhãs eram um céu infinito. O nosso amor
era as manhãs. No tempo em que éramos felizes
o horizonte tocava-se com a ponta dos dedos
as marés traziam o fim da tarde e não víamos
mais do que o olhar um do outro, brincávamos
e éramos crianças felizes. Ás vezes ainda
te espero como te esperava quando chegavas
com o uniforme lindo da tua inocência. há muito
tempo que te espero. Há muito tempo que não vens.
(José Luís Peixoto)