domingo, 20 de abril de 2008

À distância


A fada que passeia no meu sonho
Seduz a minha essência mais completa,
Fecunda a minha alma de poeta
E pousa em cada verso que componho.

Orquídea que viceja e que, suponho,
Motiva a minha lira irrequieta,
Transforma a paisagem mais discreta
No campo, dentre os campos, mais risonho.

Sei que, dos cafundós desse abandono,
Jamais da sua aura serei dono
(Tampouco, da fragrância que ela emana).

Só quero decantar seus universos.
Porém, se lhe aborreço com meus versos,
Perdoa a minha audácia, Fabiana!

(Luciano Dionísio)