domingo, 6 de setembro de 2009

Flor Do Mal



Estou perdida na fumaça
Na penumbra de um cabaré
E essa dor é uma cachaça
Que não passa, me descompassa
Um amor carnal, uma flor do mal
Meu castigo de sempre

Te querer muito mais que a mim
Foi assim do começo ao fim
Até mesmo a loucura que conduz a volúpia dor
Pois te amei como amei meu pai
E quem ama o amor não trai
Vou levando esta cruz

Garçom me sirva um bom traçado
Dose dupla de solidão
A um coração dilacerado
Transpassado de lado a lado
Ponta de punhal, uma flor do mal
Meu destino de sempre

Me entreguei nesta comunhão
Como a abelha se entrega a flor
E num beijo imortal depois do amor e satisfação
Mais que eu ninguém deu de si
E sou eu que ainda vive aqui
Prisioneira da dor embriagada no perfume da paixão
E a paixão enfim é flor do mal
Tatuada em mim.



Aécio Flávio Tibério Gaspar

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